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Mesmo com pacote de estímulos menor, PIB deve ser revisto para cima com Biden, diz Capital Economics

Por Raimundo Bezerra em 07/11/2020 às 17:31:05


Dada a incerteza sobre a composição do Congresso, consultoria ainda não incorpora qualquer estímulo fiscal adicional em seu cenário base

Andrew Harnik/AP Photo

A consultoria Capital Economics, em nota sobre a vitória de Joe Biden para a presidência dos EUA, comenta que dada a incerteza sobre a composição do Congresso ainda não incorpora qualquer estímulo fiscal adicional em seu cenário base.

Sendo assim, diz que "mesmo se o Congresso concordasse apenas com um pacote fiscal menor de US$ 1,0 trilhão a US$ 1,5 trilhão, ainda estaríamos revisando nossas previsões econômicas para cima, e não para baixo", escreve Paul Asworth, economista-chefe para os Estados Unidos.

Mesmo assumindo um multiplicador de orçamento relativamente modesto (de 0,60, considerando cálculos do Congressional Budget Office), diz Asworth, esse "pequeno" estímulo ainda acrescentaria entre 3,0% a 4,5% ao PIB.

"Com o PIB agora apenas 3,5% abaixo de seu nível pré-pandemia, estamos falando sobre um estímulo que ainda seria suficiente para eliminar toda a perda do produto com a pandemia."

O resultado final é que, com o PIB se recuperando e a taxa de desemprego caindo abaixo de 7%, "a economia simplesmente não precisa do tamanho do estímulo que estava sendo falado em uma "varredura democrata" [com presidência e Congresso com maioria do partido]".

A consultoria alerta, contudo, que isso pode mudar nos próximos meses se o último aumento nos casos de covid-19 desencadear outra rodada de bloqueios generalizados.

Por enquanto, a expectativa é de que o crescimento do PIB seja de 4,5% em 2021, sendo que qualquer estímulo fiscal precipitaria uma revisão para cima.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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