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Campanha alerta que câncer de pulmão não se restringe a fumantes

Por Raimundo Bezerra em 05/08/2019 às 00:08:23

Segundo ela, a campanha também tem como objetivo tirar o estigma dos pacientes com câncer de pulmão, que, muitas vezes, são tratados com insensibilidade ou são vítimas de preconceito. "O paciente com câncer de pulmão é colocado como o grande vilão, porque as pessoas pensam que foi ele que ocasionou isso. Alguns têm vergonha de dizer que têm câncer, porque a cobrança é muito grande. A gente quer empoderar o paciente."

Além do raio X, a campanha também conta com um pulmão com seis metros de altura e seis metros de largura, que foi usado no ano passado e deve ser colocado em locais com grandes públicos, como estádios de futebol.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres e o primeiro no mundo desde 1985. A estimativa é de 31.270 novos casos (2018), dos quais 18.740 serão em homens.

O cigarro é um dos principais causadores da doença

O tabagismo é a principal causa da doença, mas há outros fatores de risco. "Existem várias hipóteses. O cigarro está relacionado a 80% dos tumores, mas não é o único fator. O que se fala em estudos é que a poluição é um fator de risco, principalmente entre jovens", afirma Fernando Santini, oncologista do Hospital sírio-libanês de São Paulo e membro do comitê científico do instituto.

Ele diz que a adoção de bons hábitos, como não fumar e ter alimentação saudável e fazer exames de rastreamento são medidas a serem adotadas para evitar a doença.

"Pessoas de 55 a 80 anos que fumam ou que pararam de fumar há menos de 15 anos têm indicação de fazer tomografia de baixa dose de radiação uma vez por ano. O objetivo é detectar nódulos pulmonares enquanto estão pequenos. Em mulheres, isso reduz em 40% a chance de morte." Segundo Santini, o tratamento pode ser feito com medicamentos, associação de quimioterapia e imunoterapia e cirurgia.

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