Thallyta da Silva de Almeida (foto em destaque), de 28 anos, foi presa em flagrante, nessa terça-feira (7/5), após usar cartões de colegas para comprar roupas de academia. Em seu perfil no Instagram, a mulher se apresenta como historiadora e pedagoga.
Investigações apontam que os golpes começaram quando ela estagiava na Controladoria-Geral da União (CGU) e se estenderam até a suspeita ser transferida para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), onde foi presa em flagrante ao tentar efetuar uma compra on-line no valor de R$ 946,14.
Formada na Universidade de Brasília (UnB), a suspeita confessou o crime ao ser levada à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). Em seu celular, os policiais encontraram fotografias de diversos cartões de crédito. A mulher ainda colaborou com a investigação e autorizou os policiais a ingressarem em sua residência para apreender as peças de roupa adquiridas ilicitamente, que serão devolvidas para as lojas.
Ela foi autuada em flagrante pelo crime de estelionato, em sua modalidade tentada. Contudo, acabou liberada após pagar fiança de R$ 1.412. A autora ainda está sendo investigada pelos outros crimes de estelionato e, por cada compra ilícita realizada, está sujeita a pena de 1 a 5 anos de prisão.
A coluna não localizou Thallyta nem a defesa dela. O espaço segue aberto.
Golpe
Investigação conduzida pela 15ª DP constatou que a suspeita, estagiária em órgãos do governo federal, aproveitando-se do descuido de algumas colegas de trabalho, subtraiu ou fotografou os cartões de crédito delas e usou indevidamente os dados para realizar compras em estabelecimentos comerciais na Asa Norte e em sites.
Os fatos tiveram início em fevereiro de 2024, com quatro vítimas que trabalhavam no mesmo setor. As mulheres passaram a desconfiar que haviam sido vítimas da mesma pessoa. O grupo também percebeu que seus cartões de crédito haviam sido utilizados nos mesmos estabelecimentos comerciais, lojas de roupas bem específicas, como Live, Under Armour e Amor de Peça.
As vítimas, então, passaram a monitorar os colegas de trabalho e perceberam que uma delas estava postando fotos nas redes sociais usando várias peças de roupas das mesmas marcas.
A mulher passou a ser investigada pela 15ª DP. Durante as apurações, as lojas informaram os endereços de entrega das mercadorias. Dessa forma, os investigadores descobriram que todos os produtos foram encaminhados ao endereço da investigada, em Santa Maria.
Diante da comprovação da autoria, as vítimas foram orientadas a informar qualquer nova tentativa de compra ilícita, para que fosse efetuada a prisão em flagrante da autora. Assim, durante a madrugada de terça, uma das vítimas recebeu uma informação de tentativa de compra em seu cartão de crédito, no site de uma loja de roupa fitness, no valor de R$ 946,14, e imediatamente informou o fato aos agentes responsáveis pela investigação.
Após tomarem conhecimento da nova tentativa de compra, os agentes deflagraram a operação e conseguiram prender a mulher, ainda na manhã de terça-feira, em seu local de trabalho.
Texto: Mirelle Pinheiro, Carlos Carone
Foto: Reprodução/Metrópoles
Fonte: Metrópoles