A Torre de Londres, um dos principais pontos turísticos da capital inglesa, se iluminou, na noite de quinta-feira (10/6), em solidariedade ao desaparecimento do jornalista Dom Philips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, no Vale do Javari, no Amazonas.
Idealizada pela empresa Projections On Walls, a projeção no monumento questionava: "Onde estão Dom Phillips e Bruno Pereira?".
O ato ocorreu horas após o governo britânico se pronunciar, pela primeira vez, sobre o desaparecimento da dupla. Antes, a a encarregada de negócios do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins, havia dito estar "profundamente preocupada" com o caso.
A embaixadora país europeu defendeu se tratar de um "momento angustiante" para familiares e amigos dos desaparecidos e que está dando apoio consular à família do jornalista. "Estamos em contato próximo com autoridades do mais alto nível no Brasil para nos manter atualizados em relação aos esforços de busca e resgate", acrescenta.
"Entendemos que a localização remota da região impõe desafios logísticos consideráveis e já solicitamos ao governo brasileiro que faça todo o possível para apoiar a investigação do caso. Agradecemos a assistência prestada até o momento", completa.
O desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira chega ao sexto dia. A dupla foi vista pela última vez no domingo (5/6).
Um homem foi preso acusado de ter participação no sumiço da dupla. Trata-se de Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como "Pelado".
O que se sabe até o momento sobre Pelado, suspeito detido pelo desaparecimento:
Policiais militares prenderam Pelado na terça-feira (7/6).
No momento da prisão, ele estava com armas e munição de uso restrito.
A lancha do suspeito foi vista perseguindo o barco do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
Pelado passaria por uma audiência de custódia na quarta-feira (8/6), mas a juíza Jacinta Silva dos Santos resolveu deixar para esta quinta-feira, ainda sem horário definido.
Testemunhas contam que, logo depois que Bruno e Phillips deixaram a comunidade, o barco de Pelado foi visto parado com outras pessoas dentro.
A Polícia Federal realiza testes com luminol na lancha de Pelado para identificar possível material genético e digitais na embarcação.
Pelado teria ameaçado o indigenista Bruno Araújo Pereira e ironizado o fato de ele andar armado em razão de ameaças que vinha sofrendo.
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Texto: Victor Fuzeira
Foto: Reprodução/Projections On Walls
Fonte: Metrópoles