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Amarildo e outros dois réus vão a júri popular

Os três respondem por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os réus estão em presídios federais, no Paraná e em Mato Grosso

Por Iago Silva em 03/10/2023 às 18:59:24

A Justiça Federal decidiu, nesta terça-feira (3/10), submeter Amarildo da Costa Oliveira e outros dois réus a júri popular pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. O crime ocorreu, em junho de 2022, na região do Vale do Javari, no Amazonas. As equipes envolvidas nas buscas encontraram os restos mortais de Bruno e Dom 10 dias depois dos assassinatos.


A decisão é assinada pelo juiz federal Weldeson Pereira, da Comarca de Tabatinga (AM). No documento, o magistrado manteve os três acusados presos.


"Uma vez tendo respondido ao processo até aqui encarcerados e porque persistem os motivos ensejadores da sua prisão preventiva, não há motivo para colocação dos réus em liberdade. Justamente quando são pronunciados, afigura-se ainda mais necessária a manutenção da custódia cautelar", justificou o magistrado.


Em nota, a defesa dos réus informou que vai recorrer. Os advogados alegam que os três réus só podem ser levados a júri popular em caso de trânsito em julgado, ou seja, se todas as possibilidades de recurso estiverem sido esgotadas.


"É importante deixar claro que a decisão não encaminha os pescadores direto para julgamento pelo júri", argumentou a defesa.


Ainda não há data marcada para o júri popular.


Relembre o caso


Dom e Bruno morreram assassinados no Vale do Javari, no Amazonas, quando se deslocavam para visitar uma equipe de vigilância indígena.


A principal suspeita dos investigadores é de que a dupla sofreu uma emboscada de pescadores ilegais. Bruno, que era servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), havia sido ameaçado por eles pelas operações contra atividades ilegais no território indígena.


Em julho de 2022, o Ministério Público denunciou três pessoas pelos assassinatos de Bruno e Dom. A Justiça Federal, em Tabatinga (AM), acatou o pedido e tornou réus os três envolvidos.



Texto: Iago Silva

Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images



Fonte: Metrópoles

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