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Juninho Riqueza é condenado por usar carro roubado em 2015

Por Raimundo Bezerra em 14/11/2019 às 15:20:10

Na decisão, o juiz José Daniel Toaldo afirma que nenhum dos valores apresentados pelo réu durante o processo corresponde ao preço de mercado do veículo. "Aliado a isso, o acusado não trouxe qualquer comprovante da suposta transação realizada. Ressalte-se que as provas de eventual pagamento seriam de fácil produção, já que, para tanto, bastava apresentar os comprovantes bancários. Ademais, não é crível a versão de que uma pessoa que tivesse investido o valor de R$15.000,00 em um veículo não tivesse tomado o mínimo de cautela para comprovar tal transação. Isso mesmo se fosse o caso de o valor ser insignificante para o comprador", afirma o magistrado.

Em sua defesa, Brittes afirmou que um rapaz ofereceu o veículo pelo Facebook, "relatando que o mesmo era financiado, sendo possível adquiri-lo através de um valor como entrada e quitar o restante com o vendedor". Segundo Toaldo, porém, o réu apresentou valores diferentes durante as fases de investigação e instrução processual.

O veículo foi roubado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, meses antes de forma violenta. Brittes afirma que foi até a capital para verificar o veículo.

Citando o Caso Daniel, Toaldo ainda decretou a prisão preventiva de Brittes, para cumprimento em regime semiaberto, de um ano e quatro meses. O réu, porém, já está preso em regime fechado desde novembro do ano passado.

A defesa de Brittes, representada pelo advogado Claudio Dalledone, afirmou que a defesa vai recorrer da decisão.

Áudios do Caso Daniel

Diante da condenação, outra relação do o Caso Daniel foi identificada. Brittes foi preso na ocasião, em 2015, pelos policiais civis Edenir Canton e Helder Soares Padilha. Os dois foram arrolados como testemunhas e chegaram a ser ouvidos no processo. Canton, inclusive, teve um áudio vazado em que orienta Brittes após a morte do jogador.

O advogado que representa os dois policiais, Igor José Ogar, afirma que a condenação mostra uma relação de distanciamento da dupla com Brittes. "Não existe amizade e isso mostra o bom trabalho realizado pelos dois, que não foram influenciados em nenhum momento e conseguiram convencer a Justiça de que ele é culpado", disse.

Questionado sobre os áudios, Ogar disse que todos admitem que se conheciam, mas a decisão descarta a amizade. "Na ocasião do Caso Daniel, eles chegaram a ser investigados, mas não houve nem a instauração de inquérito, já que não foi encontrado qualquer vínculo que pudesse interferir em condutas criminais dos policiais", concluiu o advogado.

Caso Daniel

Daniel morreu em outubro de 2018 (Foto: Vitor Silva/SSPress/Divulgação Botafogo)

O jogador Daniel Corrêa Freitas foi encontrado morto na manhã de 27 de outubro, na zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ex meia de Coritiba e São Paulo, ele atualmente atuava no São Bento, time da série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a polícia, foi assassinado após participar da festa de aniversário de 18 anos de Allana em uma boate de Curitiba. Depois da comemoração, alguns convidados seguiram para a casa da garota, incluindo Daniel, em São José dos Pinhais.

Na residência, o pai da menina, Edison, iniciou uma sessão de espancamento contra Daniel após ter visto o jogador em seu quarto, onde sua mulher Cristiana Brittes dormia. O atleta apanhou de vários homens até ser levado de carro por Edison, David William Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King até a Colônia Mergulhão.

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