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Haddad sobre fim do rotativo: "Não pode afetar as compras no comércio"

Ministro da Fazenda ressaltou que os juros do cartão de crédito não podem continuar como estão e que negocia com os bancos

Por Maria Eduarda Portela em 14/08/2023 às 19:04:13

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou, nesta segunda-feira (14/8), que a mudança nos juros rotativos do cartão de crédito não pode afetar as compras no comércio, uma vez que a forma de pagamento é responsável por 70% das aquisição feitas no setor.


"Rotativo afeta muito a vida das pessoas e o parcelado sem juros representa hoje 70% das compras feitas no comércio. Então nós temos que ter muito cuidado para não afetar as compras no comércio e não gerar outro problema para resolver o primeiro", disse Haddad.


O chefe da Fazenda ressaltou ainda que o rotativo não pode continuar como está – atualmente em até 437,3% ao ano – e que conversa com os bancos, públicos e privados, para tentar amenizar a questão em torno dos juros do cartão de crédito.


"O nosso foco é o rotativo. O rotativo não pode continuar como está e eu tenho o compromisso dos bancos que essa mesa de negociação tem prazo para terminar", completou Haddad.


Na última quinta-feira (10/8), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou em audiência no Senado Federal que o problema do endividamento no país é o juro alto do rotativo do cartão de crédito.


Campos Neto chegou a dizer ainda que técnicos do BC estudam a possibilidade de extinguir o rotativo do cartão de crédito.


"A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9% [ao mês]. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% [ao mês]", disse Campos Neto.


Campos Neto diz que rotativo do cartão de crédito pode ser extinto


O rotativo do cartão de crédito é quando o consumidor paga apenas uma parcela da fatura, inferior ao valor total, e o saldo devedor é deixado para ser quitado no mês seguinte. No entanto, esse valor se torna uma forma de empréstimo pessoal de curto prazo.



Texto: Maria Eduarda Portela

Foto: Michael Melo/Metrópoles


Fonte: Metrópoles

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