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Julgamento de esposa que confessou ter matado PM por não ter como repor dinheiro é adiado

Por Raimundo Bezerra em 12/11/2019 às 22:00:15

Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Ellen não conseguiu explicar para Rodrigo gastos de aproximadamente R$ 46 mil das contas do casal. Na ocasião, para a polícia, ela alegou ser viciada em jogos de azar e afirmou ser compradora compulsiva, o que a fazia gastar altos valores com acessórios e outros investimentos para o salão de beleza que ela planejava abrir.

O MP-PR pede a condenação de Ellen por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e também pela falsa comunicação do desaparecimento. Quatro dias após a morte, Ellen chegou a pedir ajuda e conceder entrevista para a Banda B.

De acordo com o assistente de acusação no caso, Reinaldo Vinicius Gonçalves Vieira, espera-se que a pena de Ellen chegue a pelo menos 23 anos de prisão. "As provas estão todas na mesa e mostram que ela ceifou a vida do marido por causa de valores em dinheiro que desapareceram. Ela nunca falou a verdade, não revelou onde estava o corpo e não contou onde estava a arma. A Ellen só admitiu o que fez a partir das descobertas da Polícia Civil e esperamos que ela seja condenada", disse.

Por sua vez, o advogado de defesa Cleyson Costa Landucci afirmou que vai mostrar os conflitos anteriores existentes no casal. "Não justifica a morte, mas é preciso explicar o que levou a esse patamar e o porquê dela não conseguir se segurar. Em 2012 ela sofreu sua primeira agressão e isso continuou, com pressões psicológicas, até o crime. É preciso deixar claro que não podemos confundir a profissão dele com os ocorridos, já que foram coisas que aconteceram dentro do relacionamento", comentou.

Caso

Rodrigo teria sumido na manhã do dia 28 de julho de 2016 e a esposa registrou Boletim de Ocorrência (BO) no dia 30, alegando que ele tinha saído de casa para resolver assuntos pessoais. A esposa do policial foi presa na noite de quarta-feira (10) em casa, no bairro Tatuquara, em Curitiba, após perícia feita dentro da residência da família que, por meio da substância química luminol, foi encontrado sangue humano no quarto e no banheiro.

A casa estava totalmente limpa e o produto reagiu ao composto quando analisado nos dois cômodos. Um serrote, também com marcas de sangue, foi encontrado dentro da casa

Rodrigo trabalhava na Secretaria de Segurança Pública do Paraná, setor de monitoramento de tornozeleira eletrônica. Ellen tem um filho de 12 anos com Rodrigo.

A decisão que levou Ellen para júri popular é do dia 6 de junho de 2017.

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