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Restauradores tentam recuperar obras no Congresso

Obras de arte foram danificadas por vândalos em ataques ao Congresso no último domingo (9/01). Prejuízos podem passar de R$ 7 mi nas Casas

Por Sandy Mendes em 10/01/2023 às 18:53:55

Após a invasão dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Praça dos Três Poderes, restauradores do Congresso Nacional trabalharam, em esquema de força-tarefa na última segunda-feira (9/1), na reconstrução de obras destruídas. Em atos de terrorismo, vidraças e peças artísticas históricas foram destruídas. Os prejuízos dos ataques, nas duas Casas, podem passar dos R$ 7 milhões.


Nesta terça-feira (10/1), um relatório preliminar divulgado pela Câmara dos Deputados, apontou que o prejuízo causado por terroristas em ultrapassam R$ 3 milhões. O valor é referente apenas aos objetos e equipamentos que podem ser repostos, como computadores, vidros, veículos e outros itens de mobiliário. De acordo com a Casa Baixa, 400 computadores foram destruídos, com reparação estimada em R$ 2 milhões.


Ao Metrópoles, Gilcy Rodrigues Azevedo, chefe do Serviço de Preservação da Câmara dos Deputados, comentou sobre o tratamento das peças:


"Foi realizado diagnóstico dos danos das obras e, após a limpeza do local, imediatamente iniciamos os tratamentos. Fizemos a higienização das obras que não sofreram danos e recolhemos para o laboratório de restauração as obras danificadas. Cada obra será tratada conforme sua especificidade. Não tem como prever tempo e custos agora, ainda temos algumas analises a fazer", afirmou.


O documento preliminar da Câmara apontou que, além das obras, duas viaturas da Polícia Legislativa foram danificadas, com custo estimado em R$ 500 mil. Além disso, reparação de vidros da fachada e do interior do edifício vai custar R$ 100 mil.


Outras áreas da Câmara dos Deputados também tiveram danos, apontam o relatório. O carpete do Salão Verde, por exemplo, teve diversos pontos queimados e comprometidos pela inundação provocada pelo uso de hidrantes.


De acordo com o relatório, cerca de 100 m² do carpete precisarão ser trocados, com custo estimado em R$ 20 mil. Além disso, no Colégio de Líderes, foram danificados dois monitores do painel de vídeo wall, com custo aproximado de R$ 10 mil.


Em um levantamento preliminar, o Senado Federal estima que as reformas para reparar a destruição provocada pelos atos terroristas desse domingo (8/1) vão custar entre R$ 3 milhões e 4 milhões para a Casa.


O valor abarca a instalação de novos vidros, reforçados por uma película antivandalismo, e a troca de todo o carpete do Salão Azul. Os dados foram levantados em reunião na segunda-feira (9/1) entre diretores das áreas técnicas do Senado.


Computadores, teclados e equipamentos de comunicação também foram danificados. Além disso, os equipamentos usados pela Polícia Legislativa durante a ação terão de ser repostos.




Texto: Sandy Mendes

Foto: Cobec-Coordenação de Preservação da Câmara dos Deputados



Fonte: Metrópoles

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