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Sheik dos Bitcoins morava em mansão de R$ 64,5 mi

Imóvel de luxo conta com 17 suítes, além de duas presidenciais, sala de cinema para 15 pessoas, quatro salas de jantar, spa e elevador

Por Mirelle Pinheiro, Carlos Carone em 06/10/2022 às 15:39:00

A 23ª Vara Federal de Curitiba autorizou o sequestro de uma mansão avaliada em R$ 64,5 milhões, em Santa Catarina, pertencente ao empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik dos Bitcoins.


O investigado é o principal alvo da Operação Poyais, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (6/10). O suspeito teria cometido crimes contra a economia popular e o sistema financeiro brasileiro, como estelionato e lavagem transnacional de dinheiro, além de ter movimentado ao menos R$ 4 bilhões.


Com sete andares, a mansão tem 17 suítes com ar-condicionado, duas suítes presidenciais, sala de cinema para 15 pessoas, quatro salas de jantar – uma delas para 48 pessoas –, duas adegas, spa e elevador.


Na parte externa, o imóvel tem uma quadra poliesportiva, paredão rochoso de 16 metros com equipamentos de escalada, garagem coberta para 12 carros, sauna, jacuzzi com vista panorâmica e heliponto. A residência, no Condomínio Recanto dos Mares, a 50 km de Florianópolis, chegou a ser anunciada para venda.


Ao jornal O Globo, o advogado Antônio Goto, que representa a rede de vendedores das operações comandadas por Francis, afirmou que a venda da casa serviria para custear a recuperação do negócio e a quitação das dívidas com os investidores. No entanto, reforçou ser necessária a suspensão dos bloqueios judiciais antes disso e que Francis da Silva ainda não terminou de pagar o imóvel.


Uma certidão obtida pelo O Globo mostra que a propriedade está em nome da Two Inergalaxy Administradora de Imóveis, empresa do grupo do Sheik dos Bitcoins. O documento revela que a casa foi comprada por R$ 13 milhões, em outubro de 2020.


Investigação


As investigações começaram em março de 2022, depois de a Interpol enviar informações e uma solicitação passiva de cooperação policial internacional da Homeland Security Investigations (HSI), vinculada a um dos departamentos da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.


Em janeiro de 2022, a Interpol informou à PF que uma empresa internacional com atuação nos EUA e o principal gerenciador dela, Francisley Valdevino da Silva, eram investigados pela Força Tarefa de El Dorado, a El Dorado Task Force, da HSI de Nova Iorque.

Silva teria envolvimento com uma conspiração multimilionária de lavagem de dinheiro, a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos.


Diante das informações e do pedido de cooperação policial internacional, as investigações começaram em Curitiba. Apurações iniciais revelaram que o brasileiro tinha mais de 100 empresas abertas no país e que o grupo empresarial dele estaria lesando investidores nacionais e do exterior.


Durante as buscas realizadas nesta quinta-feira, os policiais apreenderam carros de luxo, grande quantidade de dinheiro em espécie, barras de ouro, cofres, itens importados de vestuário, além de computadores e documentos.




Texto: Mirelle Pinheiro, Carlos Carone
Foto: Reprodução

Fonte: Metrópoles

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