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O susto que levou Bolsonaro com a operação do FBI contra Trump

Por aqui não tem disso não

Por Ricardo Noblat em 09/08/2022 às 16:58:22

Se houvesse algum tipo de arranjo seguro para garantir a Bolsonaro que ele não seria preso depois que deixasse a presidĂȘncia, até que ele poderia se conformar com os resultados das próximas eleições, fossem quais fossem. Mas não hĂĄ. No mĂĄximo haveria um arranjo político, e mesmo assim a depender do próximo presidente.


Bolsonaro levou um baita susto quando foi avisado por assessores em São Paulo que agentes do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, executaram um mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Donald Trump em Palm Beach, no estado da Flórida. Trump lamentou em nota oficial:


"Depois de trabalhar e cooperar com as agĂȘncias governamentais relevantes, essa invasão não anunciada em minha casa não era necessĂĄria ou apropriada".


A operação do FBI estava relacionada a uma investigação sobre o manuseio dos registros do Arquivo Nacional. As autoridades dizem que o Trump rasgou muitos documentos. Os presidentes americanos são obrigados por lei a transferir todas as suas cartas, documentos de trabalho e e-mails para os Arquivos Nacionais.


Aqui, os presidentes não são obrigados a fazer nada disso e ainda podem decretar sigilo por 100 anos sobre documentos que lhe causariam embaraço. Bolsonaro estĂĄ cansado de agir assim. Trump sempre foi sua grande referĂȘncia até ser derrotado hĂĄ dois anos pelo atual presidente Joe Biden. Tentou aplicar um golpe, sem sucesso.


À falta de Trump, Bolsonaro tem agora como referĂȘncia o presidente russo Vladimir Putin, a quem visitou, solidĂĄrio, semanas antes de a Rússia invadir a Ucrânia. Os papéis de Putin prescindem de decretos para ser mantidos em segredo para todo o sempre ou simplesmente destruídos. O modelo russo é mais do agrado de Bolsonaro.




Texto: Ricardo Noblat
Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

Fonte: Metrópoles

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