Artistas e políticos usaram as redes sociais neste domingo (27/3) para se posicionar contra a ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir manifestações políticas durante os shows do festival Lollapalooza.
A medida atende a um pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que acionou a Justiça após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante sua apresentação na sexta-feira (25/3).
Na decisão, o ministro considerou a manifestação dos artistas como propaganda político-eleitoral. O magistrado proibiu a realização dos atos sob multa de R$ 50 mil a cada ocorrência.
A medida causou revolta nas redes sociais. Políticos e artistas consideraram a decisão como um ato de censura. A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, comparou a situação à ditadura militar brasileira.
"O TSE censura manifestação política de artistas igual ditadura militar proibia músicas. E a democracia? Bolsonaro faz propaganda eleitoral com dinheiro público e nada acontece, diz defender liberdade de expressão e quer calar quem protesta. Quero ver calar o povo.#ForaBolsonaro", escreveu a parlamentar nas redes sociais.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSol), chamou o presidente Bolsonaro de "covarde", e citou as "motociatas" realizadas pelo mandatário.
"Então o miliciano que gasta todo mês milhões de dinheiro público pra fazer campanha de jet ski e passeata de moto quer censurar artistas que declararem apoio a Lula? É covarde demais!", publicou.
Texto: Rebeca Borges
Foto: Reprodução/Twitter
Fonte: Metrópoles