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O presidente do Grupo Samel, Luis Alberto Nicolau, afirmou que os dados epidemiológicos fornecidos pelo governo do Amazonas enganam a população acerca da realidade da pandemia

Por Divulgação em 21/01/2022 às 10:50:58

Em um vĂ­deo divulgado nas redes sociais na noite desta quinta-feira, 20, o gestor hospitalar defendeu que os nĂșmeros oficiais causam a falsa impressão de que as taxas de ocupação dos leitos pĂșblicos para Covid-19 estariam no limite e, também, denunciou a possĂ­vel subnotificação de centenas de óbitos pela doença.


Com base nos boletins da Fundação de Vigilância em SaĂșde (FVS-RCP/AM), Nicolau observou que oferta atual de leitos para Covid-19 no sistema pĂșblico de saĂșde é trĂȘs vezes menor na comparação com o mĂȘs de janeiro do ano passado. Entre leitos clĂ­nicos, de UTI e sala vermelha, o Estado possuĂ­a 1.530 leitos ativos em janeiro de 2021. Hoje, esse quantitativo caiu para apenas 518 leitos.


"Foi divulgado por um site que o hospital 28 de Agosto estava com 100% da sua capacidade de UTI lotada. Hoje em dia, o 28 de Agosto tem apenas 12 leitos de UTI disponĂ­veis para Covid-19. Então, é muito fĂĄcil chegar em 100% de 12. Não precisa ser nenhum grande matemĂĄtico para chegar a essa conclusão", disse o presidente da Samel.


Óbitos subnotificados merecem investigação


Luis Alberto Nicolau apresentou uma nova anĂĄlise comparativa reforçando sua tese de que a variante ômicron não deve ser motivo de pânico para a população, que precisa se vacinar e manter os cuidados sanitĂĄrios diante do aumento de casos. Ao cruzar dados da FVS-RCP e do Portal da TransparĂȘncia do Registro Nacional, o presidente da Samel denunciou que pelo menos 516 óbitos por Covid-19 podem não ter sido contabilizados em janeiro de 2021, no pico da segunda onda de infecções em Manaus.


Enquanto os boletins da FVS-RCP apontam 818 mortes nos primeiros 19 dias do ano passado, dados estatĂ­sticos do Registro Nacional, que é alimentado por cartórios de todo o paĂ­s, mostram um total de 1.334 registros de óbitos por Covid-19 no mesmo perĂ­odo. "Nunca esses nĂșmeros poderiam ser maiores que os da FVS. Pasmem: sumiram mais de 500 óbitos. Não existem nas estatĂ­sticas da FVS e é claro que esse nĂșmero é muito maior", alertou Nicolau.


Ainda conforme os nĂșmeros do Registro Nacional, foram 17 óbitos por Covid-19 entre os dias 1Âș e 19 de janeiro deste ano, o equivalente a uma redução de 7.847% na taxa de letalidade pela doença na capital amazonense. "Isso confirma o que estamos dizendo. Diferente daqueles que estão querendo "tocar o terror" na cidade, nós tivemos 78 vezes menos óbitos, mesmo com recorde de contaminação. Qualquer pessoa pode ver que a variante é muito mais contagiosa, mas interna muito menos."


"Nós podemos concluir que a população estĂĄ sendo enganada tanto no nĂșmero de leitos, porque houve uma diminuição brutal de trĂȘs vezes menos leitos, quanto nos óbitos. Um sumiço brutal de nĂșmeros. Isso precisa ser investigado, sim. Isso aqui é muito sério, as autoridades tĂȘm que fazer uma auditoria, uma fiscalização sobre isso. Isso é um absurdo", concluiu Nicolau.

Fonte: Samel

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