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Anvisa aprova uso da Coronavac em crianças a partir de 6 anos

A partir de agora, vacina poderá ser utilizada imediatamente em crianças e adolescentes de todo o país

Por Rebeca Borges em 20/01/2022 às 13:39:39

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (20/1), o uso emergencial da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade.


O pedido feito pelo Instituto Butantan, fabricante da vacina, solicitava a aprovação para crianças a partir dos 3 anos. No entanto, por falta de dados sobre o público mais jovem e imunocomprometido, a agência decidiu que a faixa etária deveria ser alterada para 6 a 17 anos, com aplicação apenas em crianças saudáveis.


A análise ocorreu em reunião extraordinária da Diretoria Colegiada do órgão. O primeiro voto foi o da relatora Meiruze Freitas, da 2ª diretoria da agência. De acordo com a gestora, os benefícios da vacinação de crianças com a Coronavac superam os riscos.


"Ressalvadas algumas incertezas ainda existentes da vacina Coronavac, os benefícios superam os riscos conhecidos e potenciais inerentes a essa vacina. Desta forma, estou convicta de que ela atende aos critérios necessários de eficácia segurança e qualidade para uso emergencial na população pediátrica de 6 a 17 anos que não sejam imunocomprometidos", afirmou.


Além da gestora, os outro diretores da agência formalizaram voto favorável à aprovação: Rômison Rodrigues Mota, Alex Machado Campos, Cristiane Rose Jourdan Gomes e Antonio Barra Torres, presidente do órgão.


Por determinação da Anvisa, o Instituto Butantan deverá apresentar dados complementares de imunogenicidade e de acompanhamento da população adulta e pediátrica vacinada com a Coronavac, conforme recomendação da Gerência Geral de Medicamentos (GGMED).


Análise técnica


A alteração na faixa etária foi recomendada porque não há dados suficientes sobre a vacinação de crianças de 3 a 5 anos e imunocomprometidas. A vacina já é aplicada na população pediátrica no Chile, e pesquisadores do país apresentaram dados sobre a imunização à Anvisa. No entanto, não há evidências suficientes para o público mais jovem.


"Caso a diretoria decida pela aprovação da vacina, considerando as limitações, a nossa orientação é que a faixa etária seja limitada a crianças de 6 a 17 anos não imunocomprometidas. São os dados que nós temos com maior informação e sugestão de desempenho. Isso é corroborado pelas sociedades médicas", pontuou Mendes.



Texto: Rebeca Borges
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Fonte: Metrópoles

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