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Mais da metade dos gestores vê Ibovespa acima de 130 mil pontos em 2021

Por Raimundo Bezerra em 15/12/2020 às 13:20:41


É o que aponta pesquisa do Bank of America (BofA) com gestores de recursos da América Latina O otimismo dos investidores com o mercado de ações tem ganhado força nos últimos meses e já volta a patamares semelhantes aos de 2019, de acordo com pesquisa do Bank of America (BofA) com gestores de recursos da América Latina. Todos dos entrevistados esperam que o Ibovespa supere a marca de 110 mil pontos no fim de 2020 e pouco mais da metade — 54% dos participantes — acredita que o índice ficará acima de 130 mil pontos em 2021.

De acordo com a pesquisa, a alocação de recursos está mais concentrada em ações que se beneficiam da retomada da economia, os papéis cíclicos. Os gestores da América Latina, em grande parte, trabalham com posição acima da média no setor de consumo discricionário, financeiro e matérias-primas.

Mais riscos

Desta vez, é possível verificar que os investidores estão assumindo mais riscos. O volume de caixa nas carteiras está abaixo da média histórica, de 4%. Além disso, a quantidade de investidores que alega estar assumindo mais riscos que o normal subiu de 29% para 38% de um mês para outro.

A perspectiva é de continuidade nessa toada mais favorável a ativos de risco: 43% dos entrevistados planeja aumentar a alocação em renda variável, número similar à última pesquisa e acima da média, de 37%.

Em um momento que o noticiário está reforçado de informações sobre o desenvolvimento de vacinas, os participantes da pesquisa mostram uma preocupação menor com o novo coronavírus, embora ainda relevante. Agora, o número de participantes que veem a pandemia como o maior risco de cauda para a região caiu de 49% para 27%. Nesse momento, o coronavírus agora está empatado, entre as maiores preocupações, com riscos ligados à China e aos preços das commodities.

Dólar

O otimismo no mercado se estende para o câmbio. Apenas 12% dos entrevistados esperam que as moedas fortes tenham um desempenho superior nos próximos seis meses. Quase 70% acreditam que o dólar terminará 2021 abaixo da projeção de R$ 5,10. Logo, a expectativa é de um forte desempenho do real, seguido pelo peso mexicano.

À medida que o câmbio se estabiliza, percebe-se menos preocupação com a inflação no Brasil. As pressões inflacionárias, agora, são vistas como temporárias para boa parte dos gestores. E a Selic deve ficar em 3,5% ou menos no fim de 2021.

Os participantes da amostragem estão otimistas em relação a ações e câmbio, mas a recuperação macro ainda deve ser lenta. O Brasil deve apresentar um crescimento do PIB de 2% a 4% no próximo ano, enquanto o Bofa trabalha com projeção de 3%.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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