Bolsas dos EUA oscilam com avanço da pandemia e pedidos de seguro-desemprego

Casos de covid-19 e impasse em aprovar pacote de estímulos seguem na pauta dos investidores Os índices acionários em Nova York abriram a sessão em queda, mas o S&P 500 e o Nasdaq mudaram de rumo. Os agentes acompanham o impasse em Washington pela aprovação de um novo pacote de estímulos à economia e do avanço rápido da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos. Além disso, o crescimento semanal nos pedidos de seguro-desemprego no país contribui para a demanda limitada por risco no pregão de hoje.

Perto de 12h20, na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o Dow Jones recuava 0,15%, aos 30.024,11 pontos, enquanto o S&P 500 subia 0,06%, aos 3.675,22 pontos. O índice eletrônico Nasdaq avançava 0,46%, a 12.397,82 pontos.

Com a pandemia avançando de maneira rápida nos EUA - ontem o país registrou mais de 3,1 mil mortos e 221 mil novos casos -, os reflexos negativos no mercado de trabalho vão surgindo.

Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA totalizaram 853 mil na semana passada, perante 716 mil uma semana antes, segundo informou o Departamento do Trabalho americano nesta quinta-feira. Alguns economistas esperavam leitura de 730 mil. Este foi o maior dado semanal desde 10 de outubro.

"Não podemos mais pensar que os pedidos de seguro-desemprego estão em uma tendência de queda, dado o fato de que eles aumentaram em três das últimas cinco semanas e estão mais altos hoje do que em qualquer momento desde setembro", afirmam os economistas do Wells Fargo.

Nyse/AP

Um cenário econômico enfraquecido, segundo analistas, pode tornar mais imperativo para o Congresso aprovar um novo pacote de estímulos fiscais. Nos últimos dias, legisladores concordaram com a Casa Branca que o pacote de ajuda deve totalizar cerca de US$ 900 bilhões, mas pontos-chave de discórdia entre as partes permanecem.

"Persistem as preocupações sobre os impactos potenciais de curto prazo das medidas de alívio fiscal para combater o aumento de novos casos de vírus nos EUA e no exterior", disse Richard Flynn, diretor administrativo da Charles Schwab.

"A pergunta que agora está sendo feita é: dados de empregos piores que o esperado acrescentam urgência para um pacote de estímulos adicionais ou veremos as negociações transbordarem para a primeira parte de 2021?", afirmou o executivo.

No noticiário corporativo, Facebook operava em queda depois que a Comissão Federal de Comércio e um grupo de 48 procuradores-gerais entraram com ações antitruste contra a empresa ontem.

A Tesla recuava, após um analista de pesquisa de ações da New Street ter rebaixado a recomendação para a ação e ter dito que é um bom momento para realizar lucros.

Já a Starbucks avançava depois de a rede de café ter afirmado que suas operações nos EUA estão se recuperando mais rápido do que o previsto e que espera uma retomada significativa no próximo ano.