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IBGE: Só 13% dos brasileiros comem frutas e hortaliças adequadamente

Por Raimundo Bezerra em 18/11/2020 às 10:40:42


Pesquisa mostra que 14,3% consomem alimentos processados em excesso A quarta etapa da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, publicada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou que os brasileiros estão longe do consumo ideal de frutas e hortaliças. Segundo o levantamento, apenas 13% praticam o consumo recomendado desse alimentos.

Por outro lado, 14,3% disseram ter consumido cinco ou mais alimentos processados no dia anterior à entrevista. Esses produtos são considerados um fator de risco para a saúde das pessoas. São exemplos bebida achocolatada e iogurte com sabor, biscoitos, bolo de pacote, salsicha e outros embutidos. Nesse quesito, o IBGE identificou que a prevalência desse hábito na área rural é de 7,4%, bem menor do que nas cidades (15,4%).

A PNS 2019 considera como consumo recomendado a ingestão de hortaliças ou frutas pelo menos 25 vezes por semana, tendo um consumo mínimo de 5 frutas (inclusive suco de fruta natural) e cinco hortaliças por semana.

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Mesmo na região com o melhor resultado, o Sudeste, o percentual de consumo adequado desses gêneros alimentícios é baixo: 16%. Logo depois surge o Centro-Oeste (15,5%), seguido do Sul (11,6%), Norte (9,6%). No caso dos alimentos processados, os resultados se invertem e Sul (19,9%) e Sudeste (16,4%) têm os maiores percentuais deste mau hábito.

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Novamente, nesse quesito, os melhores hábitos de consumo acontecem entre a população branca (15,1%) e com ensino superior completo (22,4%). Por sexo, a maior taxa de consumo correto se verifica entre mulheres (15,4%), enquanto só 10,2% dos homens o fazem.

Os mais velhos se revelaram os maiores consumidores de frutas e hortaliças. Entre jovens de 18 a 24 anos, só 7,4% disseram comer em quantidade adequada, índice que sobe conforme a idade, até alcançar 17,9% para aqueles com mais de 60 anos.

Especificamente com relação ao consumo de feijão, o IBGE captou índices bem superiores aos do consumo ideal de frutas e hortaliças. A PNS 2019 indica que 68,3% das pessoas consumiam essa leguminosa de forma regular, ou seja, cinco dias ou mais por semana.

De acordo com o IBGE, o consumo regular de feijão se dá mais nas camadas pobres: 70,9% das que sobrevivem sem rendimento; 75,6% dos que recebem de 1/4 a metade de um salário mínimo; e 74,3% dos que vivem com a metade até um salário mínimo. Entre os mais ricos, que recebem mais de cinco salários mínimos, essa taxa é só de 40,1%.

De acordo com o analista do IBGE Gustavo Fontes, os números revelam não só as graves desigualdades sociais do Brasil, mas também a influência da escolaridade nos hábitos alimentares. Ele destaca a diferença de mais de 12,4 pontos percentuais na taxa de consumo ideal de frutas e hortaliças existente entre aqueles com escolaridade máxima e mínima. Sobre o consumo de feijão, Fontes informou que o IBGE não tem uma percepção clara do fenômeno, mas disse que o consumo menor entre os mais ricos pode estar ligado a fatores culturais, como o valor atribuído ao alimento.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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