Além do homicídio qualificado, Bruna Formankuevisky Lima Porto Correa, José Roberto Porto Correa e Caio vão responder pelos crimes de explosão e lesão corporal grave. De acordo com o relatório, os três vão responder na modalidade dolo eventual.
Para o delegado Adriano Chohfi, os três indiciados poderiam ter evitado o resultado se tivessem tomado as devidas precauções. "O resultado morte e a lesão corporal estavam no âmbito de conhecimento dos três e eles assumiram o risco, como ficou demonstrado em várias provas", disse.
Especificamente sobre Caio, Chohfi afirma que as provas demonstram que ele sabia da periculosidade do produto aplicado e por isso também foi indiciado. "Ficou demonstrado que ele não tomou devidas cautelas. A perícia mostra que a porta do casal estava fechada e que a versão do Caio de que teria passado as informações de segurança não procede. Como técnico responsável, ele colocou todos em risco", afirmou.
O inquérito foi repassado para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que irá oferecer denúncia à Justiça. Caso o processo seja de fato na modalidade dolo eventual, os três indiciados podem ser levados a júri popular.
Confira por quais crimes cada um foi indiciado:
Caio Santos – explosão, homicídio qualificado (com meio explosivo que possa resultar perigo comum) e lesões corporais graves (contra duas pessoas);
Bruna Formankuevisky Lima Porto Correa: explosão, homicídio qualificado (com meio explosivo que possa resultar perigo comum) e lesões corporais graves (contra três pessoas);
José Roberto Porto Correa – explosão, homicídio qualificado (com meio explosivo que possa resultar perigo comum) e lesões corporais graves (contra três pessoas).
A explosão aconteceu no dia 29 de junho. Matheus Lamb foi arremessado para fora do apartamento após a explosão e não resistiu à queda.
Raquel Lamb teve 55% do corpo queimado. O marido dela, Gabriel Araújo, de 28 anos, queimou 30% do corpo. Caio foi a terceira vítima que ficou internada na UTI do Hospital Evangélico.