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Gastos em viagem ao exterior são os maiores para julho desde 2014

Por Portal Amazon Web TV em 26/08/2019 às 17:08:52

As despesas de brasileiros em viagens ao exterior aumentaram em julho. No ms passado, os gastos totalizaram US$ 1,898 bilho, com crescimento de 9,64% em relao ao mesmo ms de 2018 (US$ 1, 731 bilhes).

É o maior resultado para o ms desde julho de 2014 (US$ 2,408 bilhes). Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Banco Central (BC).

Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o dólar mais barato estimulou as viagens internacionais nos últimos meses. Ele lembrou que a taxa de cmbio média estava em R$ 4, em maio, caiu para R$ 3,86 em junho e para R$ 3,75 em julho. Para agosto, a expectativa é que o aumento de gastos pode se reverter.

Aparentemente o aumento do cmbio em agosto, vai reduzir as despesas com viagens, destacou.

Dados preliminares deste ms, até o dia 22, mostram que as despesas chegaram a US$ 992 milhes, enquanto que as receitas de estrangeiros no Brasil ficaram em US$ 314 milhes.

Nos sete meses do ano, esses gastos com viagens ao exterior esto menores. Nesse período, as despesas chegaram a US$ 10,705 bilhes, queda de 5,3% na comparao com o mesmo período do ano passado.

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 598 milhes no ms passado e a US$ 3,674 bilhes em sete meses, com crescimento de 43,41% e de 0,46%, respectivamente, na comparao com os mesmos períodos de 2018. Com isso, a conta de viagens, formadas pelas despesas e as receitas, fechou julho negativa em US$ 1,3 bilho e nos sete meses do ano com déficit de US$ 7,030 bilhes.

Contas externas

As viagens internacionais fazem parte da conta de servios (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) das transaes correntes, que so compras e vendas de mercadorias e servios e transferncias de renda do Brasil com outros países. No ms passado, a conta de servio ficou negativa em US$ 2,957 bilhes e no acumulado de janeiro a julho, em US$ 18,977 bilhes.

A balana comercial contribuiu positivamente para o resultado das contas externas ao registrar supervit (exportaes maiores que importaes de mercadorias) de US$ 1,602 bilho em julho e de US$ 24,350 bilhes em sete meses.

A conta de renda primria (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salrios) registrou déficit de US$ 7,927 bilhes no ms passado e de US$ 28,856 bilhes de janeiro a julho.

A conta de renda secundria (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doaes e remessas de dólares, sem contrapartida de servios ou bens) teve resultado positivo de US$ 247 milhes no ms passado e de US$ 1,8 bilho nos últimos sete meses.

Com esses resultados, as transaes correntes fecharam julho com déficit de US$ 9,035 bilhes e o acumulado de sete meses com saldo negativo de US$ 21,683 bilhes. Nos mesmos períodos de 2018, os resultados negativos eram menores: US$ 4,396 bilhes e US$ 12,261 bilhes, respectivamente.

O BC espera por um déficit em transaes correntes menor para julho: US$ 5,3 bilhes. Segundo Rocha, a expectativa foi frustrada devido a de maior quantidade de importaes na última semana e também por uma remessa de lucros e dividendos mais elevadas do que o antecipado pelo Banco Central.

De acordo com Rocha, o resultado do acumulado do ano até julho é explicado por dois motivos: reduo do supervit comercial e aumento do resultado negativo da conta de renda primria.

O supervit comercial se reduziu US$ 6,8 bilhes [na comparao com janeiro a julho de 2018], devido fundamentalmente à reduo das exportaes, disse.

Segundo ele, enquanto as exportaes caíram 4,7%, as importaes aumentaram 0,4%, de janeiro a julho deste ano na comparao com o mesmo período do ano passado. Segundo Rocha, a renda primria foi impactada pelo aumento das remessas de lucros para o exterior. Ele acrescentou que a reduo do supérvit comercial é responsvel por cerca de 60% do aumento do déficit das transaes correntes, enquanto que a conta de renda primria responde por 40%.

Para agosto deste ano, o BC espera que o déficit em transaes correntes fique em US$ 4,8 bilhes.

Investimento estrangeiro

Quando o país registra saldo negativo em transaes correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque os recursos so aplicados no setor produtivo. No ms passado, esses investimentos chegaram a US$ 7,658 bilhes, abaixo do déficit em transaes correntes. Nos sete meses do ano, entretanto, superaram o saldo negativo das contas externas ao registrarem US$ 44,996 bilhes.

Esses investimentos superaram a previso do BC para o ms: US$ 6,5 bilhes. Para agosto, a previso é que o IDP fique em US$ 5,5 bilhes. Neste ms até o último dia 22, o investimento direto no país estava em US$ 4,749 bilhes. No obstante seja um resultado de ingressos robustos, se esse resultado de US$ 5,5 bilhes se confirmar, se comparar com agosto de 2018, quando houve um montante de ingressos fora da curva por volta de US$ 11 bilhes, haver uma reduo do IDP em 12 meses, disse.

Fonte: AGENCIA BRASIL

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