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Polícia trabalha com hipótese de latrocínio para morte de policial penal em Curitiba

Por Raimundo Bezerra em 21/12/2019 às 16:00:18

De acordo com a delegada Camila Cecconello, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), até o momento não há indícios de que o crime tenha sido motivado por alguma relação com facção criminosa ou com a profissão de Cardoso.

"Até esse momento das investigações não nos chegou nenhuma informação que nos indique qualquer outra motivação que não seja a patrimonial. Portanto, até o momento não temos nenhuma informação que possa ter alguma relação com facções criminosas ou com o trabalho dele. Ainda é muito cedo para afirmar com certeza qual é a motivação", explicou a delegada.

Há relatos de que o autor do crime chegou e fugiu em um veículo Siena da cor preta. Um carro com as mesmas características foi encontrado a uma certa distância de onde ocorreu o assassinato. A delegada diz que pode ser o mesmo automóvel.

"O carro foi encontrado a uma distância considerável do local do crime. Testemunhas disseram que um veículo semelhante foi visto no momento. Não podemos afirmar que se trata do mesmo carro, embora tenha indícios de que possa ser", relatou.

A delegada ainda disse que o policial realizava serviço de evangelização na penitenciária. "Ele foi citado por todos como uma pessoa que trabalhava de forma correta. Inclusive, tivemos relatos de que ele trabalhava até fazendo serviço de evangelização dentro do presídio. Não se tem nada que indique um crime passional também", disse.

Nenhum suspeito foi identificado até o momento. A PCPR continuará investigando o caso.

O caso

Cardoso estava com a esposa e as duas filhas quando o crime aconteceu. Nenhuma testemunha presenciou o assassinato, mas moradores se assustaram ao ouvirem tiros.

Uma vizinha de Edson ficou assustada com a cena em plena luz do dia. Ela deu entrevista à Banda B com a condição de ter a identidade preservada. "Fiquei assusta né, porque a gente tá aqui e podia estar passando na hora que aconteceu", disse ela.

Edson Cardoso era policial penal há muito tempo na Penitenciária Estadual de Piraquara, a PEP 1. Nas horas vagas, ele também era mecânico.

Em nota, o Sindicato dos Policiais Penais do Paraná (SINDARSPEN) lamentou a morte do agente. Leia na íntegra:

"O Sindicato dos Policiais Penais do Paraná (SINDARSPEN) lamenta imensamente a morte de Edson Cardoso, ocorrida nesta tarde. O policial estava em casa, em Curitiba, quando recebeu um chamado à porta e recebeu um tiro na cabeça.

Edson entrou no sistema penitenciário em 2008 e sempre foi visto como uma pessoa pacata, responsável e respeitoso com todos em sua volta. Ele estava lotado na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I). Seu assassinato causa profunda tristeza e estranhamento a todos.

A direção do SINDARSPEN já está no local e vai acompanhar as investigações. Todo o amparo jurídico necessário também será dado à família do servidor.

Com 57 anos, Cardoso deixa esposa e dois filhos."

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