O sargento Flavio chegou a ser indiciado em 2017 pelo assassinato de um casal em uma churrascaria no bairro Rebouças, em Curitiba. Ainda assim, permaneceu na Polícia Militar respondendo a processo disciplinar com tornozeleira eletrônica. Quando ocorreu o crime do casal, Flavio era soldado e, mesmo respondendo a processo pelo duplo assassinato, foi promovido a sargento.
Reginaldo Bergamaschi foi assassinado no dia 25 de março deste ano no Bairro Uberaba, em Curitiba. A vítima que trabalhava com revenda de veículos e terrenos foi executada com tiros de fuzil calibre 556, num primeiro momento. Ele dirigia um Jeep Compass quando foi emboscado na esquina das ruas Antônio Andriguetto e América da Costa Saboia. A vítima chegou a derrubar um muro na hora em que foi baleada (ver imagens aqui). Ao descer, o atirador usou uma pistola 9 mm e efetuou mais disparos.
A vítima já tinha sido alvo de outro atentado há três anos. Na época, o carro usado no crime foi encontrado na casa do sargento Flavio dois dias depois do assassinato. "Era um carro locado em Florianópolis, inclusive já sabemos que fazia o pagamento da locação. No depoimento logo após o crime, o sargento Flavio disse não saber sobre as balaclavas que estavam no veículo, o combustível, a luneta própria para fuzil; ou seja, faltou com a verdade", disse o delegado Tito Barrichelo na deflagração da operação em maio..
O sargento Flavio prestou o depoimento e, sem mandado de prisão, saiu da delegacia, rompeu a tornozeleira e fugiu.
Em maio, na deflagração da operação, por meio de nota, a Polícia Militar informou que colaborou com as investigações e que a Corregedoria tem atuado para esclarecer os fatos. Uma nova nota deve ser divulgada pela PM nesta quarta-feira.