Em entrevista à Banda B, Landgraf disse que pediu que o processo corra em sigilo e contestou a acusação de fraude processual. "Nós não aceitamos essa acusação, uma vez que ele apenas deixou a arma em local seguro. Ele é uma pessoa de bem e não faria sentido esconder a arma e não fugir do local. A arma de fato não estava registrada, mas ele já a tinha há mais de dez anos", relatou.
A tentativa de assalto aconteceu dentro da galeria, que fica localizada no Calçadão da XV de Novembro. O ladrão de 37 anos morreu no local.
Um dos motivos que levou Landgraf a pedir o sigilo, foi a invasão de privacidade com que ele passou a ser submetido. Segundo o advogado, vários curiosos passaram a rondar a casa do empresário. "É muito complicado chegar e sair de casa com pessoas rondando o local, o que inevitavelmente é uma situação difícil, mas felizmente semana que vem ele volta ao trabalho e tudo começa a entrar na normalidade", concluiu.
Segundo o delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), a situação pode caracterizar legítima defesa. "Os fatos concretos são a posse ilegal da arma e fraude processual. Agora a questão da legítima defesa nós vamos apurar, já que as imagens dão a entender que caracteriza isso", disse.
O delegado afirmou que é necessário alguns esclarecimentos técnicos por meio da perícia, imagens das câmeras de segurança e oitivas de testemunhas para determinar o momento que o disparo foi feito.
O Cope segue investigando o caso.