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Médicos Sem Fronteiras condena ataque a hospital em Gaza: "Massacre"

Pelo menos de 500 pessoas, segundo palestinos, morreram após bombardeio contra o hospital al-Ahli Arab na cidade de Gaza

Por Maria Eduarda Portela em 17/10/2023 às 19:43:37

A organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) condenou o ataque a um hospital da cidade de Gaza, nesta terça-feira (17/10). O grupo classificou a ação como "massacre". Pelo menos 500 pessoas morreram, segundo palestinos, após o bombardeio e outras centenas ficaram feridas.


"Estávamos operando no hospital, houve uma forte explosão e o teto do centro cirúrgico caiu. Isso é um massacre", afirmou Ghassan Abu Sittah, médico do MSF em Gaza.


O governo de Israel negou a autoria do ataque e informou que a ação teria sido realizada pela organização Jihad Islâmica Palestina. Trata-se de uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, ela é conhecida pela postura radical e pelas ligações estreitas com o Irã.


"A partir da análise dos sistemas operacionais das FDI, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido", destaca trecho do texto divulgado pelas autoridades israelenses.


Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde da Palestina, o bombardeio atingiu o al-Ahli Arab Hospital. Além de pacientes, o local também abrigava pessoas que tentavam deixar o norte da cidade de Gaza após ultimato das autoridades de Israel.


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A organização internacional reforçou que "nada justifica este ataque brutal a um hospital e aos seus muitos pacientes e profissionais de saúde". Além disso, o Médicos Sem Fronteiras completou que "os hospitais não são um alvo".


Além da cidade de Gaza, o Médicos Sem Fronteiras atua em Jenin, Nablus e Hebron, territórios palestinos ocupados desde 1989.


OMS


A Organização Mundial de Saúde, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), também condenou o ataque ao hospital palestino e pediu uma proteção para os civis que precisam de cuidados médicos e estão na área de conflito.


"A OMS condena veementemente o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, no norte da Faixa de Gaza. O hospital estava operacional, com pacientes, profissionais de saúde e prestadores de cuidados e pessoas deslocadas internamente abrigadas", destacou a OMS, em nota.


"A OMS apela à proteção ativa imediata dos civis e dos cuidados de saúde. As ordens de evacuação devem ser revertidas. O direito humanitário internacional deve ser respeitado, o que significa que os cuidados de saúde devem ser ativamente protegidos e nunca visados", completou.


Israel e Hamas


O grupo islâmico Hamas iniciou um ataque contra o território israelense em 7 de outubro. A ação provocou uma escalada no conflito na região e resultou em uma resposta das Forças Armadas de Israel ainda mais contundente.


Os militares israelenses iniciaram uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, pequena extensão de terra ocupada por palestinos. Além disso, autoridades de Israel cortaram o fornecimento de água, comida e energia para a região, o que agravou a crise humanitária.


No total, o conflito entre Israel e o Hamas deixou 4 mil mortos, desses, 3.061 são palestinos e 1,4 mil são israelenses.



Texto: Maria Eduarda Portela

Foto: Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images



Fonte: Metrópoles

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