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Israel manda 100 mil soldados para Gaza; são mais de 1 mil mortos

Conflitos entre Israel e o grupo Hamas, da Faixa de Gaza, ocorrem desde o ataque terrorista surpresa realizado no último sábado (7/10)

Por Letícia Cotta em 09/10/2023 às 07:31:35

Israel reuniu mais de 100 mil soldados perto da Faixa de Gaza, localidade de onde tem partido os ataques terroristas do grupo Hamas com os quais o país tem lidado desde o último sábado (7/10).


A guerra entre Israel e o Hamas se estende pelo seu terceiro dia, com um saldo de mais de 1 mil mortos.


A Faixa de Gaza é um território palestino, que faz fronteira com o Egito e com Israel.


A informação de reunião de militares da reserva próximo à Faixa de Gaza foi confirmada pelo porta-voz Jonathan Conricus. "O nosso trabalho é garantir que, no final desta guerra, o Hamas não terá mais qualquer capacidade militar para ameaçar os civis israelitas", afirmou Conricus à Al Jazeera.


São, ao todo, 100 mil soldados israelenses reposicionados na fronteira com a Faixa de Gaza, com tropas espalhadas por sete ou oito pontos, de acordo com o porta-voz. Além disso, são quatro divisões instalas no sul do país, e o governo alegou ter atacado 500 alvos do grupo Hamas e da Jihad Islâmica.


Os dados oficiais superam os 700 mortos em no país, 413 deles sendo de civis. A expectativa é que o número suba.


O balanço do conflito indica, até o momento, ao menos 1,2 mil mortos: 700 pessoas em Israel; 493 na Faixa de Gaza; e 7 na Cisjordânia. Os feridos já passam de 2 mil. O Hamas teria mais de 100 reféns.


Brasileiros em Israel


De acordo com o Itamaraty, cerca de mil brasileiros e seus dependentes já preencheram o formulário online disponibilizado pela Embaixada brasileira em Tel Aviv para solicitar a repatriação. São, em sua maioria, turistas que estão hospedados em Tel Aviv ou Jerusalém, como os evangélicos que visitavam o país. O primeiro avião da FAB, inclusive, decolou na noite do último domingo (8/10).


O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, oficializou o apoio dos EUA à Israel no último domingo, por meio de um pronunciamento. "Nunca há justificativa para ataques terroristas e o apoio da minha administração à segurança de Israel é sólido e inabalável", afirmou o presidente norte-americano.


O Movimento de Resistência Islâmica é um grupo de ultradireita que foi financiado pelo Irã, cujo objetivo oficial seria "garantir a libertação dos palestinos e lutar pelo fim de Israel". O líder do Irã, Ali Khamenei, chegou a chamar o país de "câncer". O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, quando jurou destruir os inimigos.


O grupo fez um ataque surpresa no último sábado (7/10), onde efetuou 5 mil foguetes, segundo o Hamas. De acordo com o governo, foram 2 mil disparos.


O estatuto do Hamas inclui Israel como território palestino, e define a Palestina como terra islâmica, não judia. Foi criado juntamente com o início dos conflitos na Faixa de Gaza, e o Hamas é considerado um grupo antissemita, pois também ataca os judeus enquanto povo.


O conflito na Faixa de Gaza


A Faixa de Gaza é um dos territórios mais conflituosos do mundo, tendo sido palco de uma disputa que se estende desde 1967, quando Israel invadiu a Cisjordânia e a Faixa, na terra que antes era conhecida como Palestina, local também muito associado ao "lar original" dos judeus, na Bíblia.


É um território de 41 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura. Faz fronteira com o Egito, com Israel e o Mar Mediterrâneo, e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas. Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 80% da população da Faixa de Gaza depende da ajuda internacional.



Texto: Letícia Cotta

Foto: Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images



Fonte: Metrópoles

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