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Otan convoca reunião emergencial e Biden vai à Europa pressionar Putin

Será a primeira visita de Biden ao continente após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro

Por Otávio Augusto em 15/03/2022 às 19:29:35

O recrudescimento da guerra fez o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mudar de ideia e viajar à Europa. O norte-americano participará de uma reunião emergencial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na próxima semana.


A viagem é simbólica e estratégica. A intenção de Biden é demonstrar união e fazer com que o presidente russo, Vladimir Putin, recue. Além disso, o norte-americano negociará com líderes europeus mais sanções econômicas contra a Rússia.


Essa será a primeira visita de Biden ao continente após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. A cúpula da aliança militar se reúne, em Bruxelas, em 24 de março.


"Vamos abordar a invasão da Ucrânia pela Rússia, nosso forte apoio à Ucrânia e fortalecer ainda mais a dissuasão e a defesa da Otan", anunciou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ao ressaltar que o momento é "crítico".


A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, deu detalhes do que Biden fará. "Enquanto ele estiver lá, seu objetivo é se encontrar pessoalmente com seus colegas europeus e conversar, avaliar onde estamos neste momento do conflito na invasão da Ucrânia pela Rússia. Estamos incrivelmente alinhados até hoje", adiantou.


Em entrevista nesta terça-feira (15/3), Psaki afirmou que a entidade está preocupada com o possível uso de armas químicas e biológicas pelo Exército russo.


A representante frisou: "Preocupa-nos que, de fato, estejam planejando isso [uso de armas químicas e nucleares]. Qualquer uso de armas químicas será violação ao direito internacional".


A Otan confirmou que 40 mil soldados estão na fronteira da Ucrânia. Esta é a primeira vez que a entidade militar liderada pelos Estados Unidos divulga o efetivo no Leste Europeu.


Na semana passada, a vice-presidente americana, Kamala Harris, viajou para a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia e recebe o maior número de refugiados que deixam o país em guerra.


Avanço da guerra


A negociação de um cessar-fogo será retomada após o encontro de segunda-feira (14/3) ter acabado com uma "pausa técnica".
Essa formalidade significa falta de concordância político-diplomática.


Os primeiros-ministros da Polônia, Mateusz Morawiecki; da República Tcheca, Petr Fiala; e da Eslovênia, Janez Janša; viajaram para Kiev nesta terça-feira.


A visita é uma sinalização de apoio à Ucrânia por parte da União Europeia. Eles são os primeiros líderes que visitam a capital ucraniana desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro.


Com risco extremo, o prefeito de Kiev, Wladimir Klitschko, decretou um toque de recolher de 35 horas na cidade, onde está concentrado o poder do país. A medida vai valer da noite desta terça-feira (15/3) até quinta-feira (17/3).




Texto: Otávio Augusto
Foto: Win McNamee/Getty Images

Fonte: Metrópoles

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