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Educadores reconhecem como marco histórico regulamentação das escolas municipais indígenas

Por Lorenna Serrão em 23/09/2021 às 21:07:13

Educadores e moradores da comunidade TrĂȘs Unidos, localizada no rio Cueiras, afirmam que a Lei nÂș 2.781/2021 é um marco histórico para os povos indĂ­genas de Manaus. A legislação foi sancionada pelo prefeito David Almeida, na Ășltima quinta-feira, 16/9 e trata sobre a criação da categoria das escolas municipais indĂ­genas, que visa dar mais qualidade ao ensino dos 117 alunos das quatro unidades e dos 480 estudantes que fazem parte dos 22 Espaços de Estudos da LĂ­ngua Materna de Conhecimentos Tradicionais, administrados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).




As unidades de ensino, localizadas nos rios Negro e Cueiras, assim como os espaços de estudos, foram instituĂ­das pelo Decreto n° 1.394, de 29 de novembro de 2011. De acordo com Giovanna de Oliveira, responsĂĄvel pela GerĂȘncia de Educação Escolar IndĂ­gena (GEEI) da Semed, desde 2014 a categoria lutava pela assinatura da lei.


"PrecisĂĄvamos de uma lei para fortalecer as polĂ­ticas pĂșblicas para a educação escolar indĂ­gena em Manaus, e o prefeito David e o secretĂĄrio Pauderney tiveram essa sensibilidade. Hoje estamos com essa lei assinada, um avanço, um grande ganho para os povos indĂ­genas e comunidades indĂ­genas que a Semed atende, por meio da GEEI", disse Giovanna.



Para Raimundo Cruz da Silva, da etnia kambeba, gestor da escola municipal indĂ­gena Kanata T-ykua, localizada na comunidade TrĂȘs Unidos, no rio Cueiras, que atende 21 alunos da educação infantil e do 1Âș ao 5Âș ano do ensino fundamental, a lei é um reconhecimento dos professores e escolas indĂ­genas


"Essa lei veio respeitar, valorizar o nosso trabalho e fazer com que as unidades de ensino indĂ­genas sejam reconhecidas com o seu modo de fazer e de se organizar pedagogicamente. De hoje em diante as escolas indĂ­genas serão escolas de verdade", pontuou o diretor.


Agradecimentos


Waldemar da Silva, da etnia tikuna, é o tuxaua da comunidade indĂ­gena TrĂȘs Unidos, com total 32 famĂ­lias, tendo aproximadamente 112 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, da etnia kambeba. Para ele, a lei ampara ainda os costumes, crenças e a cultura dos povos indĂ­genas.


"Com a lei aprovada nós vamos manter a nossa lĂ­ngua, resgatar nossas danças e costumes, fazer aquilo que é melhor e que estava faltando. Quero agradecer a oportunidade, principalmente, ao prefeito David, que teve essa visão junto com o secretĂĄrio Pauderney, de aprovar essa vontade dos povos indĂ­genas e colocar a lei para amparar todos os nossos direitos, de tudo aquilo que pensĂĄvamos hĂĄ muito tempo", disse o Tuxaua.


Os netos e bisnetos de Diamantina da Cruz, moradora da comunidade TrĂȘs Unidos, estudam na escola Kanata, ela conta que estĂĄ muito feliz com essa iniciativa da Prefeitura de Manaus.


"Achei muito importante e não é de hoje que lutamos pela nossa escola indĂ­gena, por isso estou muito feliz com essa lei, que ampara esses esforços. Sou grata ao prefeito David, que olhou por nós e nossas crianças", afirmou Diamantina.



Texto - Lorenna Serrão / Semcom

Fotos - João Viana / Semcom

Fonte: Semcom

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