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A carga, com 2,1 milhões de doses prontas para aplicação, desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas
Divulgação/Governo de São Paulo
Chegou na manhã desta quinta-feira ao país o maior lote da vacina Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A carga, com 2,1 milhões de doses prontas para aplicação, desembarcou no aeroporto de Viracopos, em Campinas, às 5h30.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, receberam o carregamento.
Além das vacinas prontas, a carga ainda trouxe 2,1 mil litros de insumos, que serão envasados na fábrica do Instituto Butantan totalizando 3,4 milhões de doses da imunizante.
Segundo o governo do estado, outros dois lotes da Coronavac devem desembarcar no país nos dias 28 e 30 de dezembro. Assim, a gestão João Doria (PSDB) espera fechar o ano com 10,8 milhões de doses da vacina.
O primeiro carregamento da Coronavac chegou ao país em 19 de novembro, com 120 mil doses.
Na tarde da última quarta-feira, o governo do estado anunciou que a imunizante, que está no centro da "guerra da vacina" entre o presidente Jair Bolsonaro e Doria, tem eficácia superior a 50% e terá o registro pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O índice preciso, contudo, não foi divulgado pela gestão Doria, como estava previsto. É o segundo adiamento do gênero.
Como o jornal "Folha de S. Paulo" adiantou, a Sinovac Biotech, laboratório chinês que criou a vacina, pediu ao Instituto Butantan, patrocinador do principal estudo da sua fase 3 no mundo, o envio de toda a base de dados.
Os chineses querem unificar e equalizar os dados com os ensaios feitos em outros países, como Turquia e Indonésia, para evitar que índices diferentes sejam divulgados.
Essa análise deve levar no máximo 15 dias, e o governo paulista afirma que seu planejamento de começar a vacinação em 25 de janeiro está mantido. Tudo dependerá da velocidade de aprovação da Coronavac pela Anvisa.
O mínimo exigido para aprovar uma vacina é 50% de cobertura, segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudo começou no dia 20 de julho. A Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac e que será produzida pelo Butantan, já havia demonstrado ser segura e capaz de provocar resposta imune em até 97% dos participantes de etapas anteriores do estudo, feitas na China.