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IGP-M acelera alta a 3,28% em novembro

Por Raimundo Bezerra em 27/11/2020 às 08:40:40


Índice havia fechado outubro com taxa de 3,23% e agora acumula altas de 21,97% no ano e de 24,52% em 12 meses O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou inflação de 3,28% em novembro, percentual superior ao apurado em outubro, quando havia apresentado taxa de 3,23%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A variação de preços ficou 0,06 ponto percentual (p.p.) acima da mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 3,22%, com intervalo das projeções indo de 2,85% a 3,50%.

Com o resultado, o índice acumula alta de 21,97% no ano e de 24,52% em 12 meses. Em novembro de 2019, o índice havia subido 0,30% e acumulava alta de 3,97% em 12 meses.

"O avanço nos preços de commodities agropecuárias importantes consolida o IPA como índice a contribuir para o avanço da taxa do IGP. Nesta edição, destacaram-se milho (10,95% para 21,85%), trigo (2,32% para 19,20%) e bovinos (6,92% para 7,40%)", diz André Braz, coordenador dos Índices de Preços, em comentário no relatório.

Commodities agropecuárias como o milho puxaram avanço do IPA, que mais contribuiu para a alta do IGP

Couleur/Pixabay

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 4,26% em novembro, ante 4,15% em outubro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu 2,74% em novembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 2,84%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 1,81% para -1,85%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais "ex", que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,48% em novembro, ante 2,37% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 3,74% em outubro para 4,07% em novembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -2,79% para 2,37%. O índice de Bens Intermediários "ex", obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, teve alta de 4,29% em novembro, contra 4,65% em outubro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 5,60% em novembro, ante 5,55% em outubro. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os itens milho em grão (10,95% para 21,85%), café em grão (-8,29% para 2,13%) e algodão em caroço (9,70% para 19,65%). Em sentido oposto, destacam-se minério de ferro (-0,71% para -2,39%), leite in natura (3,29% para -3,80%) e soja em grão (14,96% para 11,91%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,72% em novembro, ante 0,77% em outubro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (3,10% para 1,44%). Nesta classe de despesa, vale citar passagem aérea, cuja taxa passou de 34,21% em outubro para 11,70% em novembro.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,90% para 1,61%), Habitação (0,32% para 0,23%) e Despesas Diversas (0,12% para -0,04%). Nestas classes de despesa, vale mencionar arroz e feijão (11,41% para 5,22%), tarifa de eletricidade residencial (0,15% para -0,16%) e alimentos para animais domésticos (1,02% para -1,44%).

Em contrapartida, registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (0,12% para 0,94%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,04% para 0,16%) e Comunicação (0,08% para 0,09%). Nestas classes de despesa, destacam-se gasolina (-0,34% para 1,93%), medicamentos em geral (-0,13% para 0,16%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,01% para 0,19%).

O grupo Vestuário repetiu a taxa do outubro, de 0,29%. Em sentido ascendente destaca-se o item calçados (0,07% para 0,19%), e em sentido descendente, acessórios do vestuário (0,22% para -0,28%).

Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,29% em novembro, ante 1,69% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (4,12% para 2,85%), Serviços (0,33% para 0,73%) e Mão de Obra (0,19% para 0,24%).

Apesar de ser considerado o indicador do mês fechado, para o cálculo do IGP-M, são comparados os preços coletados do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do atual (o de referência) com os do ciclo de 30 dias imediatamente anterior.

Fonte: VALOR ECONOMICO

Tags:   Valor
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