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Presidente TSE, Luís Roberto Barroso, abordou o tema em vídeo divulgado nas redes sociais A violência por motivação política aumentou nas eleições municipais deste ano. De acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram registrados 264 crimes de violência contra candidatos ou pré-candidatos neste ano, mais de cinco vezes mais do que os 46 casos relatados no pleito de 2018.
O levantamento mostra que a quantidade de homicídios e de tentativas de assassinato chegou a 100 em 2020. Esse tipo de crime acelerou na reta final da campanha. De janeiro a agosto, havia 27 registros. Somente em novembro, foram 49.
O tema foi abordado pelo presidente TSE, ministro Luís Roberto Barroso, em um vídeo divulgado nas redes sociais.
Sede do TSE, em Brasília
Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
"Há um problema para o qual eu gostaria de chamar atenção da sociedade. Trata-se da violência política, da violência por motivação política. Os crimes eleitorais, é bem verdade, diminuíram – como boca de urna, compra de voto, transporte ilegal de eleitoral. Mas crimes como homicídios, tentativas de homicídio, ameaças relativamente a candidatos aumentaram", disse.
Barroso defendeu que "a violência é incompatível com a democracia". "É preciso jogar limpo e civilizadamente. Os órgãos de segurança pública estão vigilantes em relação a atuação do crime organizado", afirmou Barroso.
São Paulo e Rio de Janeiro foram os Estados com mais registros desses crimes, com mais de dez homicídios consumados ou tentados. Também foram registrados 146 casos de ameaças e 18 registros de lesão corporal.
No vídeo divulgado, o presidente do TSE também chamou atenção para crimes de discriminação de gênero, sofridos por mulheres candidatas.
"Há uma violência que merece destaque, que é a violência de gênero. Os ataques físicos ou morais às mulheres que são candidatas. Tivemos um aumento no número de mulheres eleitas nas últimas eleições, em primeiro turno, e temos mais de 50 mulheres candidatas a prefeitas e vice-prefeitas agora no segundo turno. Esse tipo de agressão física ou moral é pior que machismo, é covardia", disse.
Barroso defendeu uma maior participação das mulheres na política. "Precisamos de mais mulheres na política e precisamos enfrentar essa cultura do atraso, da discriminação, do preconceito, da desqualificação. Precisamos de mais mulheres na política. Elas podem e o Brasil precisa."