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Biden diz que quer unificar e não dividir os americanos

Por Raimundo Bezerra em 08/11/2020 às 00:41:09


"Me comprometo a ser um presidente que buscará unificar", afirmou o ex-vice-presidente

Andrew Harnik/AP Photo

Em sua primeira fala como presidente eleito, o democrata Joe Biden disse que sua prioridade é controlar a pandemia de covid-19 e sua missão é unificar os EUA - e não dividir o país. Em discurso em Wilmington, no Estado de Delaware, Biden disse na noite deste sábado que combater as mudanças climáticas e o racismo sistêmico na sociedade americana estará no centro de seu mandato.

"Não medirei esforço para conter a pandemia de covid-19", disse, ao afirmar que os EUA não podem retomar a atividade econômica por completo até que o coronavírus esteja sob controle. "Na segunda-feira nomearei um grupo de cientistas e especialistas para ajudar (Biden e a vice-presidente eleita, Kamala Harris) a elaborar um plano contra covid-19."

O ex-vice-presidente se comprometeu ainda a ser um presidente que buscará unificar, e não dividir os EUA. "Não há Estados azuis (democratas) ou vermelhos (republicanos), há os Estados Unidos", disse. "Para quem votou no presidente [Donald] Trump, entendo a frustração, já perdi algumas vezes na minha vida. Mas para avançar temos de não tratar nossos oponentes como inimigos. Vamos dar uns aos outros uma chance."

O democrata disse ainda que recebeu "mais votos do que qualquer presidente desta nação - 74 milhões - " e que "o povo lhe concedeu uma vitória convincente". "Temos de fazer as promessas para todos. Não importa raça, identidade. Vou governar como um presidente americano, não um democrata."

Biden disse ainda que uma agenda que visa combater mudanças climáticas e o "racismo sistêmico" dos EUA está no centro de seu mandato. "Temos de restaurar a alma dos EUA", disse. "Há 12 anos, Barack Obama nos lembrou: Sim, podemos!"

"Os EUA enviaram o arco do universal moral mais para a Justiça", disse Biden, ao parafrasear Martin Luther King.

A vitória de Biden foi confirmada após vários veículos declararem que o democrata conquistou os 20 votos da Pensilvânia, onde ele já havia superado Donald Trump no início da manhã de sexta-feira. Pelo perfil dos votos que ainda precisam ser apurados – enviados pelo correio e de áreas controladas pelos democratas – o ex-vice-presidente não pode ser mais alcançado pelo adversário republicano, de acordo com as projeções. Sem a Pensilvânia é matematicamente impossível para Trump atingir os 270 votos necessários para prevalecer no Colégio Eleitoral.

Em suas primeiras palavras como presidente eleito, postadas no Twitter, Biden afirmou que será presidente "de todos os americanos". "O trabalho adiante será duro, mas prometo isso: serei o presidente de todos os americanos - se você votou em mim ou não. Manterei a fé que vocês colocaram em mim", escreveu.

Trump, por sua vez, voltou a dizer que não aceita o resultado da eleição. Em comunicado divulgado por sua campanha, o ainda presidente dos EUA disse que "o fato é que esta eleição está longe de acabar".

O republicano disse que Biden está "posando falsamente como vencedor" porque, junto com a mídia, "não quer que a verdade seja exposta. Com a vitória na Pensilvânia e em Nevada, já projetada por alguns veículos, Biden chega a 279 votos no Colégio Eleitoral, três a mais do que os 270 suficientes para conquistar a Casa Branca.

Ele ainda lidera as disputas na Geórgia (16 votos), onde haverá recontagem devido à pequena margem de diferença entre os candidatos, e no Arizona (11) . Se vencer nesses dois Estados também, Biden pode terminar a eleição com 306 votos no Colégio Eleitoral, o mesmo número conseguido por Trump em 2016 na vitória sobre a democrata Hillary Clinton.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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