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Covas se esquiva de embates e Russomanno é alvo de ataques em debate morno

Por Raimundo Bezerra em 06/11/2020 às 13:20:46


Celso Russomanno (Republicanos) não compareceu ao debate e foi alvo de ataques de parte do ex-governador Márcio França (PSB) e de Guilherme Boulos (Psol) O debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo promovido pela revista "Veja" no fim da manhã desta sexta-feira foi morno. O prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), evitou discussões e se esquivou de provocações. Ele lidera as pesquisas de intenção de voto e buscou aparentar tranquilidade diante das perguntas dos adversários.

Celso Russomanno (Republicanos) não compareceu ao debate e foi alvo de ataques de parte do ex-governador Márcio França (PSB) e de Guilherme Boulos (Psol).

Boulos e França protagonizaram um embate no terceiro dos 4 blocos do debate.

Nelson Jr./ ASICS/TSE

O candidato do Psol afirmou que França tem uma posição dúbia sobre as privatizações e mencionou o fato de ele ter privatizado a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) durante o mandato de governador — ele ocupou o cargo com a saída de Geraldo Alckmin (PSDB) para concorrer à Presidência, em 2018.

França disse que é favorável à privatização dependendo da empresa. Criticou Boulos e o acusou de inflar seu currículo e de se declarar professor apesar de, segundo França, não estar lecionando.

Boulos disse que França espalha fake news e afirmou que nunca mentiu no currículo. Em seguida, atribuiu a experiência em gestão autoproclamada por França ao fato de ser "sócio da máfia tucana que governou São Paulo", fazendo menção a irregularidades que são investigadas nas áreas de transporte e da merenda escolar.

França reagiu afirmando que Boulos responde a diversos processos judiciais.

Também no terceiro bloco, França fez uma dobradinha com a candidata do PSL, Joice Hasselmann. Ela afirmou que Russomanno não foi ao debate porque não teria como explicar situações, como o fato do nome dele constar da lista de pagamentos de propinas da Odebrecht e sobre o apoio que ele já manifestou a Dilma Rousseff (PT).

França fez um pedido para que Russomanno compareça aos debates "porque a população quer saber como ele pensa" e afirmou que os outros candidatos querem debater com ele.

Arthur do Val (Patriota) acusou Covas de lotear politicamente cargos em setores estratégicos da saúde. Também afirmou que ele deixou "nas mãos do Cândido Vaccareza" (PT) um hospital na periferia de São Paulo.

Antes, no segundo bloco, Arthur do Val e Jilmar Tatto (PT) tiveram um embate. O petista, que foi secretário de Transportes nas gestões de Marta Suplicy (ex-PT e hoje no MDB) e Fernando Haddad (PT), afirmou que em sua gestão foram criados aplicativos que informam itinerários e horários de ônibus, estacionamentos rotativos e os "táxis pretos", além da regulamentação dos aplicativos privados. No governo Haddad houve intensa disputa, inclusive judicial, entre taxistas e motoristas do aplicativo Uber.

Arthur do Val retrucou chamando Tatto de "burocrata" e disse que a intervenção do Estado nesse tipo de serviço tende a ser malsucedida e disse que o custo será pago pela população.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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