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Covas nega que esconda Doria de campanha e diz que há parceria na gestão

Por Raimundo Bezerra em 05/11/2020 às 13:00:29


Prefeito de São Paulo tem tentado se desvincular do governador, que tem alta rejeição na capital O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), negou que esteja escondendo o governador João Doria, seu correligionário, de sua campanha pela reeleição. Até o momento, Doria não apareceu em nenhuma agenda de campanha com Covas nem nas peças de propaganda do prefeito no rádio e na televisão. Covas assumiu o mandato em 2018 quando Doria deixou a prefeitura para disputar o governo do Estado.

"Estranho seria ele [Doria] deixar o governo do Estado para se dedicar à campanha em São Paulo", disse o prefeito em sabatina da "Folha de S.Paulo" e do Uol. "Estranho seria secretários estaduais passarem o dia no comitê, como a gente vê ministros saindo de Brasília para fazer campanha", acrescentou, numa crítica ao adversário Celso Russomanno (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Bruno Covas

Fotos Públicas

Por determinação de Bolsonaro, ministros se envolveram diretamente na campanha em São Paulo, inclusive em horário de expediente, como mostrou o Valor.

Covas tem tentado se esquivar de questionamentos frequentes sobre seu distanciamento do governador, que tem alto índice de rejeição na capital. De acordo com o Datafolha, 39% dos paulistanos consideram o governo Doria ruim ou péssimo e 59% dizem que não votariam em um candidato apoiado pelo governador.

Segundo o prefeito, a parceria com Doria se faz pela gestão. Ele enfatizou que prefeitura e governo estadual trabalham juntos em ações de segurança pública e em parcerias com a iniciativa privada para "aumentar a qualidade de vida" na cidade. "Temos feito um trabalho conjunto. Não tenho problema em esconder o apoio do governador João Doria".

"Mas o candidato sou eu. As pessoas precisam analisar o meu currículo, a minha vida", disse. Para Covas, os eleitores estão interessados nos problemas da cidade, não nas eleições de 2022.

Vacina

Questionado sobre a politização em torno da vacina contra a covid-19 que está sendo produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, Covas afirmou que não permitirá a contaminação ideológica do debate na capital. Ele evitou responder se Doria tenta tirar proveito político da situação, assim como Bolsonaro.

"Da mesma forma que a gente não podia partidarizar o vírus, [que] não é de esquerda ou da direita, não vamos politizar a questão da vacina. Não vamos retroceder dois séculos. Vamos deixar essa questão para a ciência definir. Eu vou seguir, aqui na cidade, sempre a recomendação da área da ciência", disse.

Covas elogiou o sistema nacional de imunização e disse que as áreas técnicas de vigilância sanitária do país devem definir os critérios de vacinação. O prefeito disse que os jornalistas sabem bem "quem fala e defende a ciência e quem politiza a questão", mas evitou citar os nomes de Doria e Bolsonaro.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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