Bolsas europeias e futuros de NY têm forte queda; França cogita "lockdown"

Preocupações crescentes com segunda onda de pandemia levam ao terceiro dia consecutivo de perdas As bolsas europeias operam em forte queda pelo terceiro dia consecutivo nesta semana diante de preocupações crescentes com a segunda onda de covid-19 no continente. O mau humor se estende a Nova York, onde os futuros dos principais índices acionários anotam queda superior a 1%.

Perto de 7h30, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 caía 1,71%, a 346,56 pontos, na mínimas de cinco meses. "Severo. Essa é a única palavra que pode descrever os mercados na manhã desta quarta-feira. O medo dos investidores ataca os preços das ações de maneiras não vistas desde o início da fase ocidental da pandemia em março", disse Connor Campbell, da Spreadex, destacando relatos de que a França considera anunciar um "lockdown" nacional de um mês.

O CAC 40, índice de referência da Bolsa de Paris, caía 2,38%, a 4.617,98 pontos, e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, recuava 2,63%, a 11.745,83 pontos. A Alemanha também planeja novas restrições para tentar conter a nova onda de infecções por coronavírus no país.

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 caía 1,36%, a 5.650,86 pontos, enquanto na Bolsa de Milão o FTSE MIB perdia 2,39%, a 18.209,97 pontos. Na Bolsa de Madri, o Ibex 35 recuava 1,52%, a 6.550,30 pontos.

"Está ficando feio enquanto o mercado se agita em uma confusão total, mas pode ficar mais escuro à meia-noite. Reportagens da imprensa sugerem que a França planeja um lockdown de um mês começando amanhã à meia-noite", destaca em nota clientes nesta manhã o estrategista-chefe da AxiCorp, Stephen Innes.

Em Nova York, no mesmo horário, os futuros do Dow Jones caíam 1,57%, os do S&P 500 cediam 1,29% e os do Nasdaq recuavam 1,01%.

Francisco Seco/AP