"Dominado pelo estresse e preocupado em ser mal interpretado, já que o policial militar há sempre uma presunção de culpa, ele reposiciona a armamento embaixo de Leandro, devolvendo aquele armamento para seu anterior possuidor", afirmou Chiquini.
Teixeira foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) após concluir por imagens de câmeras segurança, instaladas na BR-277, que dois agentes da PM teriam plantado a arma em Leandro. O suposto confronto aconteceu no dia 21 de abril, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Na ocasião, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia divulgado que a vítima estaria armada e teria disparado na direção da polícia.
Segundo Chiquini, o confronto de fato aconteceu. "O Leandro, na tentativa de continuar sua fuga, aponta a arma para o soldado Teixeira e efetua um disparo. O soldado Teixeira, ao tentar se proteger, efetua como repulsa à injusta agressão, dois disparos contra a moto", garantiu.
Acusação
Para a assistente de acusação no caso, Juliana Machado, a alegação da defesa é contestada por elementos do processo. "E um primeiro momento, o que a gente sabe é que todos os laudos foram feitos e não há sinal de pólvora na mão do Leandro, assim como não acharam digital na arma. A tese de defesa não é o que está presente nos autos", disse.
A advogada também afirma que a mãe de Leandro ficou bastante abalada com a fala. "A mãe dele ficou muito chateada, porque sabemos que todas as provas são bem diferentes das alegações do advogado", concluiu.