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Deixadas nuas, mulheres eram dopadas e abusadas

Vítimas denunciaram violência física, psicológica e sexual à que foram submetidas em "comunidade terapêutica". Famílias pagavam até R$ 2 mil

Por Carlos Carone em 29/01/2025 às 20:12:12

Uma comunidade terapĂȘutica clandestina que simulava ser uma clínica de reabilitação para dependentes químicos foi alvo de operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ nessa segunda-feira (27/1).



Quando as equipes chegaram ao local, na região de Magé, na Baixada Fluminense (RJ), encontraram ao menos 13 mulheres nitidamente dopadas.


As investigações começaram depois que uma paciente internada fugiu e relatou o que ocorria no local a moradores da região, que denunciaram o caso às autoridades.


A clínica foi interditada pela Vigilância SanitĂĄria municipal, enquanto as vítimas foram levadas para receber atendimento médico e acolhimento psicossocial.


Na delegacia, as vítimas dopadas detalharam os casos de abuso físico, bem como de violĂȘncia psicológica e sexual, sofridos. As famílias chegavam a pagar até R$ 2 mil por paciente internado.


O caso é investigado pela 65ÂȘ Delegacia de Polícia (Magé). Os responsĂĄveis pela clínica devem responder pelos crimes de sequestro, cĂĄrcere privado, abuso sexual e prĂĄtica ilegal da medicina.


As comunidades terapĂȘuticas são, em tese, espaços para receber pacientes com dependĂȘncia em ĂĄlcool ou outras drogas, internados de forma espontânea.


Essas instituições são privadas e, na teoria, não tĂȘm fins lucrativos – além de poderem oferecer vagas gratuitas. Algumas instituições podem cobrar matrícula, mensalidade e serem financiadas por doações ou por dinheiro público.




Texto: Carlos Carone
Foto: Reprodução

Fonte: Metrópoles

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