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Chefão do PCC é preso em condomínio de luxo em praia badalada de PE

Foragido desde 2020, Odair Lopes Mazzi Junior, o Dezinho, seria responsável pela logística do tráfico internacional de drogas do PCC

Por Felipe Resk em 11/07/2023 às 20:44:25

São Paulo – Uma força-tarefa conseguiu capturar nesta terça-feira (11/7) Odair Lopes Mazzi Junior, o Dezinho, de 42 anos, apontado como um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC).


Foragido desde 2020, ele foi preso em um condomínio de luxo na Praia dos Carneiros, uma das mais badaladas do litoral de Pernambuco.


Segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Dezinho integra o PCC hĂĄ 20 anos e faz parte do alto escalão da facção criminosa.


"Ele é da sintonia final de rua do PCC", diz Gakyia, ao Metrópoles, o autor da denúncia à Justiça contra o traficante. "É um réu de altíssima periculosidade, responsĂĄvel pelo setor financeiro e pela logística do trĂĄfico".


A operação para capturĂĄ-lo foi realizada em parceria com a Polícia Civil pernambucana e com a AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin). O preso deve ser trazido para São Paulo.


Investigação


Dezinho foi denunciado pelo MPSP na operação Sharks, deflagrada em 2020, e era procurado pela Justiça desde então.


Segundo as investigações, o criminoso comandou o envio de R$ 1,2 bilhão do PCC para o Paraguai, através do esquema de "dólar cabo", técnica de lavagem de dinheiro.


Ele também seria responsĂĄvel por coordenar o transporte de mais de 15 toneladas de cocaína por ano. Segundo autoridades, sua importância na facção aumentou após a transferĂȘncia de Marcola e outros líderes do PCC para presídios federais.


No período em que esteve foragido, investigadores procuraram Dezinho em endereços no CearĂĄ, Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, atrĂĄs do traficante.


O líder do PCC vivia uma vida de luxo e foi pego após o setor de inteligĂȘncia da Polícia Civil de Pernambuco detectar visitas da sua mulher em condomínios e resorts que ficam em praias badaladas do estado. As informações foram compartilhadas com o MPSP e com a Abin.


No ato da prisão, os policiais encontraram documentos falsos, cartões de crédito e celulares. Nos próximos dias, o MPSP deve pedir a transferĂȘncia dele para um presídio federal.



Texto: Felipe Resk

Foto: Reprodução



Fonte: Metrópoles

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