Acusado tem prisão mantida e produtor segue foragido

O ajudante de pedreiro e garoto de programa Jeander Vinicius da Silva Braga, que confessou participação na morte do ator Jeff Machado, teve a prisão mantida neste domingo (4/6), após audiência de custódia realizada na Central de Audiências de Custódia (CEAC) de Benfica, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

O homem foi preso na sexta-feira (2/6) e é um dos indiciados pela Polícia Civil pelo homicídio e ocultação de cadáver do ator. O outro indiciado, que já teve a prisão preventiva decretada, no entanto, está foragido. Trata-se do produtor Bruno de Souza Rodrigues, 37 anos. Ainda de acordo com a polícia, o homem pode estar fora do Brasil.

Após ser preso, Jeander mudou sua versão do depoimento e afirmou que Jeff Machado foi morto por Bruno, que o teria enforcado com um fio de telefone, enquanto a vítima estava dopada. Anteriormente, ele relatava participação no crime, porém, dizia apenas que ele e Bruno foram responsáveis apenas por ocultar o corpo. Os dois acusados atribuíam o crime a uma terceira pessoa, versão descartada pela polícia.

Corpo concretado

As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o Caso Jeff Machado mostram que a morte do ator foi premeditada. Os investigadores encontraram os restos mortais da vítima, brutalmente morta aos 44 anos, queimados e amarrados dentro de um baú de madeira, que estava enterrado e concretado a dois metros de profundidade num terreno em Campo Grande (RJ).

Segundo os agentes que investigam o crime, os suspeitos utilizaram o sonho de Jeff em deslanchar na carreira artística para obter vantagem financeira. Uma das provas é que o produtor Bruno de Souza Rodrigues, que está foragido, havia "prometido" um papel para Jeff em novela da TV Globo. Em troca, receberia do ator R$ 20 mil.

De acordo com os policiais à frente do caso, os suspeitos consideravam Jeff o alvo perfeito pois se tratava de um jovem que não tinha familiares no município do Rio de Janeiro, morava sozinho, em um imóvel situado em local ermo, e não tinha emprego fixo.

Texto: Laura Braga

Foto: Reprodução