O juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani, manteve a prisão de George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista acusado de planejar um atentado a bomba no Distrito Federal, na véspera do Natal de 2022.
A defesa de George Washington pediu a revogação da prisão preventiva sob alegação de que o réu é primário, tem bons antecedentes, residência fixa, ocupação lícita e os crimes que lhe são atribuídos não contém violência ou grave ameaça. Ele está preso desde a noite de 24 de dezembro de 2022.
Em decisão publicada na última quinta-feira (23/3), o juiz negou o pedido de liberdade. Segundo o magistrado, não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional.
"Vale ressaltar que primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita não constituem óbice à imposição ou manutenção da prisão preventiva", escreveu o juiz.
Conforme mostrou o Blog do Noblat, do Metrópoles, George Washington – que montou a bomba – e Alan Diego Rodrigues – quem colocou o artefato embaixo do caminhão de combustível – participaram de audiência na última sexta-feira (24/3). No ocasião, eles se disseram "muito, muito, muito" arrependidos e choraram.
Lembre o caso
George Washington foi preso na noite da véspera do Natal de 2022, horas após as forças de segurança do DF recolherem um explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. A bomba estava em um caminhão de combustível que entraria no aeroporto e só não foi acionada por erro técnico.
Em depoimento à Polícia Civil do DF (PCDF), George Washington disse que "pegou em armas para derrubar o comunismo". Em depoimento, ele também declarou que tinha intenção de distribuir armamentos para grupos acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
Os dois respondem pelos crimes de explosão e, George, também por porte e posse de armas, munições e explosivos.
O terceiro participante, o blogueiro Wellington Macedo Souza, segue foragido e a instrução segue à revelia, mas seu caso será suspenso. Foi ele quem levou Alan até o aeroporto e estava junto quando a bomba foi colocada no caminhão.
Texto: Isadora Teixeira
Foto: Reprodução
Metrópoles