"Negar a ciência econômica é ser negacionista", diz Peixoto após fala de Lula sobre extrapolar o teto de gastos

O vereador de Manaus Peixoto (Pros) se posicionou contra a declaração do presidente da república eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concedida durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP27), realizada no Egito, onde, mais uma vez, o petista defendeu extrapolar o teto de gastos.

Ao criticar o mercado econômico, Lula disse que é preciso paciência se a Bolsa de Valores apresentar queda e o dólar aumentar. Peixoto, que também é administrador de empresas, especializado em finanças, vê com extrema preocupação a postura do futuro mandatário.

"Não há como ter paciência ao ver que o novo governo não está se preocupando com a economia do país e nem com a responsabilidade fiscal. O presidente Bolsonaro foi acusado de ser negacionista, por conta da eficácia vacina, me sinto à vontade em dizer que o novo presidente também é, pois negar a ciência econômica e todos os alertas que os economistas estão finalizando é ser negacionista", afirma.

A resposta do novo governo se baseia na promessa de campanha de Lula de manter o atual valor do Auxílio Brasil em R$600 e na garantia de diminuir a fome entre os brasileiros. Para o petista, não vale a pena recuperar o país se as questões sociais não forem solucionadas.

Diante do tema, Peixoto reitera sua avaliação e acredita que a responsabilidade fiscal deve ser igualmente preservada em relação à responsabilidade e justiça social.

"Acho louvável a proposta de garantir ao povo o direito das três refeições diárias, a manter o auxílio para as famílias que ainda não se recuperaram dos impactos causados pela pandemia, mas como parlamentar não posso me calar para um futuro desastre econômico que está se anunciando. Precisamos lembrar que sem uma economia saudável e equilibrada não dá pra fazer justiça social", reforça o vereador.

Foto: Emerson Olliver