Países pobres precisam de US$ 2 tri anuais para conter crise climática

Os países emergentes precisam de, no mínimo, US$ 2 trilhões por ano, até 2030, para investir em programas para reduzir as mudanças climáticas, segundo um relatório encomendado pela presidência da Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP27), divulgado nesta terça-feira (8/11).

Segundo o texto, a medida deveria ser adotada até 2030 em todos os países em desenvolvimento, exceto a China, responsável pela segunda maior economia do mundo.

O montante seria investido em geração de energia mais sustentável, para pôr fim ao uso de combustíveis fósseis pelas nações emergentes.

O dinheiro também deveria ser direcionado a tecnologias de baixo carbono, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e controlar as mudanças climáticas.

O relatório foi encomendado em conjunto pelos governos do Reino Unido e do Egito, partido sede da COP27 neste ano.

Além disso, o texto sugere que dos US$ 2 trilhões, US$ 1 trilhão sejam destinados por investidores internacionais, países desenvolvidos e instituições multilaterais. O restante do dinheiro deveria ser assegurado pelo próprio país.

"Pode-se razoavelmente esperar que cerca de metade do financiamento necessário venha de fontes locais, do fortalecimento das finanças públicas domésticas e dos mercados de capitais domésticos, incluindo o acesso a grandes pools de financiamento local que os bancos nacionais de desenvolvimento podem mobilizar", diz o relatório.

Brasil na COP27

O Brasil conta com a participação de enviados do governo federal, deputados e senadores, além de membros e aliados do governo Lula (PT), que assumirá o Executivo federal em 1º de janeiro de 2023.

Especialistas ouvidos pelo Metrópoles esperam que o encontro nacional conte com acordos bilaterais entre o Brasil e grandes investidores, como os Estados Unidos, em práticas para redução das mudanças climáticas.

Além disso, a atual gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) espera apresentar projetos de restauração de florestas e investimento em desenvolvimento sustentável durante os painéis da COP27.

Texto: Maria Eduarda Portela

Foto: Pixabay