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Tenor Plácido Domingo é citado em áudio de quadrilha de tráfico sexual

Segundo investigadores, uma das principais fontes de financiamento da organização criminosa era a exploração sexual de jovens

Por Stefany Serra em 19/08/2022 às 16:33:09

O tenor espanhol Plácido Domingo foi citado em gravações obtidas em uma investigação sobre uma grande quadrilha de tráfico sexual na Argentina que usava a Escola de Ioga de Buenos Aires como fachada para o encontro de uma seita que extorquia pessoas e praticava tráfico sexual, inclusive de menores. As informações foram publicadas nesta quinta-feira (18/8), pelo jornal La Nacion.


Segundo o jornal, há uma gravação que mostra a conversa entre uma mulher chamada Mendy, que é envolvida com o grupo, com um homem apontado como líder da organização criminosa, Juan Percowicz, e com outra pessoa não identificada. Todos teriam deixado explícito o envolvimento do espanhol com a quadrilha.


No primeiro áudio, Mendy diz ao homem não identificado: "Plácido disse que poderia vir nos visitar, ou seja, ele vem me visitar. Porque ele foi para casa em Nova York e se lembrou de ontem".


A moça ainda pediu para que a pessoa organizasse o encontro e encerrou: "Terei que me sacrificar mais uma vez, tenho uma grande vocação para o serviço".


Em outra gravação o grupo comemora: "Ele está ferrado, Juan. Sinto muito, não desejo nenhum mal para ele, mas é tão maravilhoso nos ver brilhando e voando e ele ferrado".


Em outro áudio, Mendy conversa com o tenor para combinar detalhes do encontro. "Quando sairmos do jantar, viremos separadamente. Fazemos assim porque meus agentes vão subir quando eu subir e eles vão ficar no mesmo andar", instruiu o espanhol na tentativa de se manter discreto.


Domingos foi acusado de assédio sexual por dezenas de mulheres, incluindo cantoras, dançarinas, musicistas e outras profissionais. Em defesa, ele disse que as acusações foram um "julgamento midiático".


A investigação


Nas investigações da Argentina, já foram detidas 19 pessoas e realizadas várias apreensões e gravações. Segundo os investigadores, uma das principais fontes de financiamento da organização criminosa era a exploração sexual de alguns de seus "alunos".


A prática era chamada de Geishado VIP ou palomear, que consistia em enviá-los para realizar encontros sexuais com pessoas de alto poder econômico para obter dinheiro, proteção e/ou influência.



Texto: Stefany Serra
Foto: Oscar Gonzalez/NurPhoto via Getty Images

Fonte: Metrópoles

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