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Boris Johnson se diz "preocupado" com desaparecimento de Dom e Bruno

Premiê britânico se pronunciou pela 1ª vez sobre o caso nesta quarta (15/6). Ele diz que o Reino Unido está à disposição do Brasil

Por Ana Flávia Castro em 15/06/2022 às 16:37:55

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, admitiu estar "profundamente preocupado" com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips há 11 dias, no Amazonas. Durante sessão do parlamento britânico nesta quarta-feira (15/6), o premiê falou pela primeira vez sobre o caso, e defendeu que as autoridades do país se prontificaram a auxiliar o governo brasileiro.


"Como todos aqui no Parlamento, estou profundamente preocupado com o que pode ter acontecido com ele (Dom Phillips). O Ministério de Relações Exteriores está trabalhando agora com as autoridades brasileiras", declarou Johnson.


As declarações foram durante sessão no Parlamento em que Johnson responde a questões trazidas pelos parlamentares. Na ocasião, a ex-primeira ministra do Reino Unido, Theresa May, mencionou o desaparecimento de Phillips e do indigenista Bruno Pereira, e defendeu a necessidade de que a Inglaterra torne o caso uma "prioridade diplomática".


Em resposta, Johnson ressaltou que está em contato com o governo do Brasil. "O que nós dissemos às autoridades brasileiras é que estamos prontos para providenciar todo o apoio que eles possam precisar", afirmou.


Entenda o caso


Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira desapareceram em 5 de junho, enquanto faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, na região do Vale do Javari, no Amazonas.


Segundo a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), a dupla se deslocava com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.


Nessa terça-feira (14/6), o Metrópoles revelou que durante a gestão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), a Funai retirou armas de fogo que estavam em ao menos uma das bases de proteção do órgão na Terra Indígena (TI) Vale do Javari. A informação foi repassada por duas entidades locais, e confirmada por um servidor do órgão, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.


Ainda na noite de terça, a Defensoria Pública da União (DPU) teve pedido acolhido pela Justiça Federal (14/6) para que a Funai providencie medidas de segurança pública a seus servidores e aos povos indígenas no Vale do Javari.


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Texto: Ana Flávia Castro
Foto: Getty Images

Fonte: Metrópoles

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