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Imazon: Amazônia Legal registra o maior desmatamento em 14 anos

Dados do Instituto apontam que a região perdeu uma área de mata nativa equivalente à metade do território de Sergipe em 2021

Por Letícia Holanda em 18/01/2022 às 13:16:27

De acordo com dados divulgados nessa segunda-feira (17/1) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento registrado na região em 2021 foi o pior dos últimos 14 anos.


Do início ao fim do ano, 10.362 km² de mata nativa foram destruídos, representando um avanço no desmatamentoo de 29% em comparação a 2020. As informações são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, utilizado para monitorar a região através de imagens de satélites.


"Apesar do mês de dezembro ter apresentado uma redução de 49% no desmatamento, passando de 276 km² no mesmo período de 2020 para 140 km² em 2021, o recorde negativo anual é extremamente grave diante das consequências dessa destruição. Entre elas estão a alteração do regime de chuvas, a perda da biodiversidade, a ameaça à sobrevivência de povos e comunidades tradicionais e a intensificação do aquecimento global", diz o comunicado divulgado pelo Imazon.


Dentre os nove estados que compõem a Amazônia Legal, apenas o Amapá não apresentou maior perda da floresta em relação a 2020. Segundo o instituto, o Pará possui a maior área desmatada, com 4.037 km² devastados, seguido pelo Amazonas, com 2.071 km².


Ao cruzar os dados das áreas desmatadas com os do Cadastro Nacional de Florestas Públicas do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), os pesquisadores perceberam que quase metade da destruição registrada (4.915 km²) aconteceu em florestas públicas federais.


"Isso corresponde a 47% de todo o desmatamento registrado na Amazônia no ano passado. Apenas nessas áreas, a destruição aumentou 21% em comparação com 2020, sendo a pior em dez anos", observou o instituto.


Os territórios das unidades de conservação federais, criadas para preservar a biodiversidade, também tiveram o pior índice de devastação dos últimos dez anos. A área destruída foi de 507 km², 10% a mais do que no ano anterior.



Texto: Letícia Holanda
Foto: Arquivo/Agência Brasil

Fonte: Metrópoles

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