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Conass: não vacinados deixam Brasil vulnerável a grande onda de casos

Conselho Nacional de Secretários de Saúde envia carta ao ministro da Saúde pedindo ações para lidar com "nova onda" causada pela Ômicron

Por Raphael Veleda em 12/01/2022 às 21:27:41

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou no início da noite desta quarta-feira (12/1) carta aberta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alertando para o "estabelecimento de uma nova onda de casos de COVID-19 no Brasil, em consequência do rápido avanço da variante Ômicron na transmissão comunitária em todas as regiões".


O colegiado de secretários cobrou do governo federal "imediatas decisões nacionais" para evitar o colapso dos sistemas público e privado de saúde, pois "óbitos evitáveis poderão ocorrer pela não garantia de acesso à internação".


De acordo com o Conass, houve aumento superior a 300% nos casos notificados de Covid-19 no Brasil, apesar da dificuldade no acesso à testagem, passando de 1.721 casos em 2 de janeiro para 24.382 casos no último domingo (10/1).


"O Conass acredita que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país", diz a carta, que chama a atenção para o perigo extra a que está exposto quem não tem esquema vacinal completo, incluindo as crianças.


"Com 1/3 da população ainda não vacinada com esquema primário completo, o Brasil está vulnerável a uma grande onda de casos, que também poderá acarretar pressão hospitalar", diz o texto assinado pelo presidente do colegiado, Carlos Lula, que também é secretário de Saúde do Maranhão.


O Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura do Rio informou nesta quarta que os óbitos por Covid ocorrem 30 vezes mais entre os não vacinados do que entre quem tomou ao menos duas doses de vacina.


Diante da situação, os secretários pedem ao ministro da Saúde a inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de vacinação; uma campanha nacional de incentivo à vacinação de toda a família; o aporte de recursos financeiros para abertura de pontos de testagem em massa e a reabilitação de leitos para o atendimento a pacientes com Covid-19.




Texto: Raphael Veleda
Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

Fonte: Metrópoles

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