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Invasão e clonagem de aplicativo tem maior número de casos em três anos

Por Divulgação em 23/09/2021 às 15:30:30

Os casos de invasão de telefone e clonagem de aplicativos de mensagens chegaram ao maior nĂ­vel dos Ășltimos trĂȘs anos, em Manaus. Conforme dados da Secretaria de Segurança PĂșblica (SSP-AM), de janeiro até julho deste ano, foram registrados 735 Boletins de OcorrĂȘncia por vĂ­timas desse tipo de crime, que pode ser evitĂĄvel a partir da adoção de cuidados bĂĄsicos no uso do telefone e na proteção de dados pessoais.


De acordo com a Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), da PolĂ­cia Civil do Amazonas (PC-AM), os usuĂĄrios precisam ter mais cautela com o uso de equipamentos telefônicos e com informações compartilhadas em redes sociais. Geralmente, é a partir delas que os criminosos selecionam suas vĂ­timas, ao navegar em pĂĄginas de compra e revenda de produtos e em redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter. Uma conduta segura na internet pode evitar prejuĂ­zos financeiros enormes, para a vĂ­tima, parentes e amigos.


Até julho de 2021, o nĂșmero de ocorrĂȘncias de invasão de dispositivo informĂĄtico, a descrição formal em que se enquadra a clonagem de aplicativo, jĂĄ é maior que o total de ocorrĂȘncias que chegaram ao conhecimento da polĂ­cia nos Ășltimos dois anos. Se comparados os nĂșmeros dos sete primeiros meses deste ano com aqueles de todo o ano de 2020, o crescimento jĂĄ é de 50%, segundo a Secretaria de Segurança.


Dinâmica


O delegado adjunto da DERCC, Rafael Montenegro, explica a dinâmica desse tipo de crime. "As pessoas mal-intencionadas, geralmente, entram em contato e pedem um código que foi enviado para a vĂ­tima, alegando que a pessoa foi sorteada ou que são de alguma agĂȘncia bancĂĄria que estĂĄ oferecendo benefĂ­cios. Depois pedem aquele código e assim instalam o WhatsApp da vĂ­tima, conseguindo acesso a sua agenda e seus contatos", disse.


Após a instalação do aplicativo de mensagens, os criminosos entram em contato com amigos e parentes da vĂ­tima, contando histórias que envolvem a necessidade urgente de um depósito bancĂĄrio, com a promessa de devolver em breve.


Ainda de acordo com o delegado, outra possibilidade é a utilização de aplicativos espiões, que podem espelhar todas as conversas da vĂ­tima. Com essa técnica, os criminosos monitoraram todas as atividades do celular do usuĂĄrio. No caso do WhatsApp, é possĂ­vel espelhar todas as conversas para conseguir ler o conteĂșdo em outro dispositivo.


"Nada é instalado sem o conhecimento da pessoa. Mesmo que de forma errada, sendo convencida por terceiros, ela só permite que seja instalado com seu próprio consentimento. O que a vĂ­tima pode fazer, a tĂ­tulo de prevenção, é confirmar se a informação repassada é verdadeira e, em hipótese alguma, dar senhas, nĂșmero de CPF ou dados pessoais pelo telefone, a não ser que tenha certeza absoluta que esteja conversando com uma pessoa conhecida", enfatiza o delegado.


Penalidade


A pena para quem invadir um dispositivo a fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do dono, ou ainda instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilĂ­cita, é de um a quatro anos de reclusão e multa.


Foto: TarcĂ­sio Heden/SSP-AM

Fonte: SSP-AM

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