Porta-voz destacou que até agora não há ligação entre a vacina e casos de coagulação A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta sexta-feira que não há razão para interromper o uso da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
O posicionamento da entidade ocorre depois de vários países europeus terem suspendido total ou parcialmente a aplicação do imunizante por causa de relatos isolados de que pessoas vacinadas desenvolveram coágulos sanguíneos.
Em entrevista coletiva, a porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse que o comitê de especialistas da OMS está analisando o caso. No entanto, ela destacou que não há, até o momento, ligação entre a vacina e os casos de coagulação registrados.
Profissional de saúde prepara dose da vacina Oxford-AstraZeneca para covid-19, na sede da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, Brasil
Bruna Prado/AP Photo
“A AstraZeneca é uma vacina excelente, assim como as outras vacinas que estão sendo usadas”, disse Harris. “É muito importante entender que, sim, devemos continuar usando a vacina da AstraZeneca.”
A porta-voz da OMS também afirmou que, até o momento, não há relatos de mortes que tenham sido provocadas pelas vacinas contra a covid-19 que estão sendo aplicadas em todo o mundo.
Dinamarca, Noruega e Islândia suspenderam totalmente o uso das vacinas fabricadas pela AstraZeneca na quinta-feira. Outros países europeus, como a Ãustria, deixaram de aplicar apenas um lote do imunizante.
França e Reino Unido saíram em defesa da vacina e disseram, assim como a OMS, que não há razão para interromper o uso. A agência reguladora da União Europeia (UE) também recomendou que a aplicação continue enquanto investiga os casos de coagulação.
“Atualmente, não há indicação de que a vacinação tenha causado essas condições, que não estão listadas como efeitos colaterais desta vacina”, disse em nota a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
“A posição do comitê de segurança da EMA é que os benefícios da vacina continuam a superar seus riscos, e ela pode continuar a ser administrada enquanto a investigação de casos de eventos tromboembólicos está em andamento.”