O delegado Henrique Hoffmann conta que inicialmente foi considerada a hipótese do homem ter entrado em surto, o que não se confirmou no interrogatório. "Inicialmente trabalhávamos com a hipótese do indivíduo ter surtado, porque não é comum alguém na madrugada invadir uma delegacia de polícia. Mas no momento em que ele foi conduzido para o interrogatório, demonstrou um estado emocional incompatível com qualquer surto ou problema psiquiátrico. Ele estava bastante calmo e forneceu todas as informações solicitadas, sem qualquer tipo de contradição", disse o delegado.
Aos gritos de "não quero morrer", homem invade delegacia no Centro de Curitiba
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Hoffmann afirma que, após o assalto e as agressões, primeiramente o homem teria buscado abrigo em uma estação-tubo. "Em um primeiro momento, ele tentou abrigo em uma estação-tubo, onde foi perseguido pelos agressores. Na sequência, em um ato de desespero, fugiu e o primeiro local em que foi possível pular o muro para proteger a própria pele foi justamente no 1º Distrito. Ele alegou inclusive que não sabia se tratar de uma delegacia, o que é possível de fato para quem entra pela lateral", revelou o delegado explicando que a versão da perseguição e agressões foi confirmada por imagens registradas por câmeras de segurança.
Por entender que o homem agiu para preservar a própria vida, não foi configurado crime e ele foi liberado pela polícia. "Nesse caso, quando o indivíduo age para preservar a própria vida, o direito autoriza que ele possa sacrificar interesses alheios, como ele teve que sacrificar invadindo uma delegacia", esclareceu Hoffmann.
O homem não tinha passagens pela polícia e precisou ser encaminhado para o Hospital Evangélico, por conta das agressões e de cortes provocados por estilhaços de vidro do momento da invasão à delegacia.