amazon 1

"É uma pessoa monstruosa e que sabia o que estava fazendo", diz pai de Rachel Genofre

Por Raimundo Bezerra em 25/09/2019 às 15:20:10

De acordo com Michael, a família não acredita que o sujeito seja um doente mental. "Estamos falando de um bandido cruel e lúcido de cada uma de suas atitudes. Sendo ele já condenado por estelionato, dá para intuir que se trata de um engenheiro social. Ou seja, usa de artimanhas para enganar suas vítimas. Isso demonstra que não se trata de doença, mas se trata de uma pessoa monstruosa e que sabia o que estava fazendo. Não, não era um gênio do crime, mas sem dúvidas uma pessoa hábil em enganar e ludibriar as pessoas", disse o pai de Rachel.

Em depoimento prestado à Polícia Civil, Carlos Eduardo afirmou que atraiu a garota fingindo ser um caçador de talentos de um programa infantil. A escolha por deixar o corpo na Rodoviária de Curitiba, segundo ele, aconteceu para não levantar suspeita com o uso da mala.

Na nota, Michael ainda fez um apelo para que outras crianças não sejam vítimas de crimes semelhantes. "Pai e mãe, saibam que há profissionais muito sérios e que sabem lidar com crianças nas indicações para programas de televisão. Não existe e nem aceite a ideia de que uma pessoa pela rua recruta novos talentos. Somente escritórios sérios e renomados na cidade e que possuem vários trabalhos com televisão contratam crianças e há todo um procedimento que tem que ser respeitado. E é obrigatória a presença dos pais em qualquer procedimento. Não cair em golpes nem sempre é fácil, mas há como se precaver", concluiu.

O caso

No final da tarde do dia 3 de novembro de 2008, a menina Rachel Genofre deixava o Instituto de Educação, no Centro de Curitiba, após o término das aulas. O tchau dado pela garota aos colegas de classe é a última lembrança que se tem de Rachel ainda viva. O corpo da garota, morta por esganaduras no pescoço, só foi encontrado dois dias depois, na noite do dia 5, dentro de uma mala abandonada embaixo de uma escada, na Rodoferroviária de Curitiba.

Após onze anos de mistério, o perfil genético de Carlos Eduardo dos Santos coincidiu com o do sêmen encontrado na mala. À polícia, ele confessou o crime.

Comunicar erro
AMAZON 2

Comentários

AMAZON 3