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Morte de cliente provoca protestos em lojas do Carrefour; unidade em SP é depredada

Por Raimundo Bezerra em 20/11/2020 às 19:40:44


Uma unidade do supermercado Carrefour em São Paulo foi depredada, após um homem negro ter sido espancado e morto por dois seguranças em uma loja da rede em Porto Alegre.

Segundo informações do G1, pessoas se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, para a realização da 17º Marcha da Consciência Negra. A manifestação também pedia justiça para João Alberto Freitas, o homem assassinado. Os manifestantes caminharam pela avenida e desceram até unidade do Carrefour da Rua Pamplona, no bairro dos Jardins. A manifestação, até então, era pacífica.

Por volta de 18h30, alguns manifestantes jogaram pedras na fachada do prédio de vidro do shopping onde fica o supermercado. A grade que fechava a loja foi destruída e a loja foi parcialmente depredada. A polícia não interveio.

Pessoas protestaram contra o assassinato de João Alberto em outras unidades do supermercado pelo país, como em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Também houve protesto na frente da loja de Porto Alegre onde o crime aconteceu, e que foi fechada hoje.

Delegada nega racismo

A delegada responsável pela investigação do homicídio, Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, afirmou à reportagem da Folha de S.Paulo que não se trata de racismo, embora não tenha explicado por que o caso não se enquadraria dessa forma. O inquérito apura a motivação das agressões.

O caso já tem sido comparado com o assassinato de George Floyd, um homem negro morto por sufocamento nos Estados Unidos em uma abordagem policial. "Não consigo respirar", disse Floyd, enquanto era contido.

No caso de Freitas, os seguranças chegaram a ficar em cima dele, nas costas, segundo a delegada do caso. Este tipo de contenção dificulta a respiração.

"Foi verificado junto à perícia que provavelmente ele tenha morrido por asfixia ou ataque cardíaco. Os dois seguranças que agrediram ficaram em cima dele, aquilo dificultou a respiração dele", disse Bertoldo à reportagem.

"Quando falamos em asfixia não significa necessariamente estrangulamento, mas aquela forma de contenção de ficar em cima dele fez com que tivesse dificuldade de respirar e pode ter ocasionado um ataque cardíaco. Aguardamos o laudo oficial, mas são indícios preliminares a partir de sinais identificados pela perícia no corpo dele."

Trecho do vídeo que mostra João sendo espancado

Reprodução/ Facebook

Fonte: VALOR ECONOMICO

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