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Cobrado por selfie com Bolsonaro e apoio de Russomano, Covas diz ser crítico ao presidente

Por Raimundo Bezerra em 18/11/2020 às 16:40:44


"Não mudo o meu posicionamento e não mudo o meu jeito de pensar", respondeu o prefeito O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), tentou delimitar distância do presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira, afirmando que anulou o voto na eleição presidencial de 2018 por não enxergar na campanha da extrema-direita "nenhum discurso que agregasse valores democráticos".

O tucano foi questionado sobre Bolsonaro por uma série de razões. Primeiro, em uma postagem no Twitter, o youtuber Felipe Neto pediu voto em Guilherme Boulos (Psol) para "vencer o bolsonarismo" no segundo turno. Depois, pelo apoio que recebeu de Celso Russomanno (Republicanos), candidato do presidente que a terminou a disputa pela capital paulista em quarto lugar.

Por fim, uma selfie feita por Covas ao lado de Bolsonaro, o atual governador de São Paulo, João Doria, e o atual ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, postada pelo próprio prefeito no Instaram, começou a repercutir nas redes sociais.

Covas é o candidato que mais arrecadou

Patricia Cruz/Divulgação

Sem mencionar a adesão de parte do PSDB ao bolsonarismo em 2018, inclusive com o voto "BolsoDoria" pregado por Doria, Covas disse apenas que já se posicionou contra a visão do presidente em vários momentos. O rompimento definitivo de Doria com Bolsonaro ocorreu em 2020. A proximidade do passado agora gera cobranças.

"Mantenho meu posicionamento, contrário a vários posicionamentos dele [Bolsonaro], seja na área de direitos humanos, seja na área ambiental, área da cultura. Não vou mudar para ganhar eleição ou ganhar apoiador", disse o prefeito.

Sobre o apoio de Russomanno e do Republicanos, afirmou que se trata de uma aliança programática e que foi negociada com o deputado federal da legenda, Marcos Pereira. "Ele [Russomanno] teve 10% dos votos aqui. Não há nenhum problema em agregar apoio neste segundo turno, até porque são apoios programáticos, em cima do programa de governo para a cidade de São Paulo".

"Não mudo o meu posicionamento e não mudo o meu jeito de pensar, e nem meu jeito de fazer política", disse.

"O apoio foi costurado com Marcos Pereira, presidente do Republicanos. Conversei também com Russomanno, que aderiu sem nem um tipo de participação costurada, secretaria ou algo assim. Aderiram porque acham a nossa campanha com as melhores propostas", justificou o candidato à reeleição.

Fonte: VALOR ECONOMICO

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